imagem obtida em tripadvisor.pt |
O Acidente do Elevador da Glória foi um acidente ocorrido com o Elevador da Glória a 3 de setembro de 2025, na Calçada da Glória, em Lisboa, Portugal. A quebra do cabo estrutural do elevador terá causado a queda livre e descarrilamento do carro n.º 1, e a morte de 16 pessoas, e ferimentos em outras 23.
O Elevador da Glória é um funicular construído na Calçada da Glória sob projeto do engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard.[4] Foi inaugurado a 24 de outubro de 1885, constituindo-se no segundo do género implantado na cidade por iniciativa da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa.[5] Desde setembro de 1915 que é movido a eletricidade.[6] Em 1926 foi finalmente integrado na Carris após a absorção da NCAML em 1913.[7] nesta e foi completamente remodelado em 1944.[6] Tem como principal função permitir a ligação entre a Praça dos Restauradores e o Bairro Alto, percorrendo 275 metros ao longo de uma via bastante íngreme, percurso esse que efetua em pouco mais de três minutos.[8][9][10]
Este elevador é um dos principais pontos turísticos da capital portuguesa,[11] sendo utilizado anualmente por cerca de três milhões de pessoas.[12]
A manutenção dos elevadores de Lisboa está externalizada desde 2011. O último concurso público para a manutenção foi aberto em 2022, ao qual concorreram quatro empresas, após o qual a Carris assinou um contrato com a empresa MAIN - Maintenance Engineering, no valor de um milhão de euros, englobando os elevadores da Bica, Lavra e Santa Justa. Segundo o sindicato dos trabalhadores da Carris, os funcionários da empresa reportaram por várias vezes um deficiente trabalho de manutenção por parte desta empresa.[15] O elevador esteve em manutenção entre 26 de agosto e 30 de setembro de 2024, sendo esta a sua última manutenção antes do acidente.[13]
Ao contrário de outros transportes por cabo no país, o Elevador da Glória, como também o do Lavra, nunca foram supervisionados pela Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária, que funciona no âmbito do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.[16]
Antecedentes
O Elevador da Glória é um funicular construído na Calçada da Glória sob projeto do engenheiro português Raoul Mesnier du Ponsard.[4] Foi inaugurado a 24 de outubro de 1885, constituindo-se no segundo do género implantado na cidade por iniciativa da Nova Companhia dos Ascensores Mecânicos de Lisboa.[5] Desde setembro de 1915 que é movido a eletricidade.[6] Em 1926 foi finalmente integrado na Carris após a absorção da NCAML em 1913.[7] nesta e foi completamente remodelado em 1944.[6] Tem como principal função permitir a ligação entre a Praça dos Restauradores e o Bairro Alto, percorrendo 275 metros ao longo de uma via bastante íngreme, percurso esse que efetua em pouco mais de três minutos.[8][9][10]
A manutenção dos elevadores de Lisboa está externalizada desde 2011. O último concurso público para a manutenção foi aberto em 2022, ao qual concorreram quatro empresas, após o qual a Carris assinou um contrato com a empresa MAIN - Maintenance Engineering, no valor de um milhão de euros, englobando os elevadores da Bica, Lavra e Santa Justa. Segundo o sindicato dos trabalhadores da Carris, os funcionários da empresa reportaram por várias vezes um deficiente trabalho de manutenção por parte desta empresa.[15] O elevador esteve em manutenção entre 26 de agosto e 30 de setembro de 2024, sendo esta a sua última manutenção antes do acidente.[13]
Ao contrário de outros transportes por cabo no país, o Elevador da Glória, como também o do Lavra, nunca foram supervisionados pela Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária, que funciona no âmbito do Instituto da Mobilidade e dos Transportes.[16]
A 3 de setembro de 2025, pelas 18:00, ambas as cabinas nº1 e nº2 estavam estacionados respetivamente no Jardim de São Pedro de Alcântara e na Praça dos Restauradores, recebendo passageiros, não estando determinado qual era o número de passageiros que viajavam em cada cabina. Pelas 18:03, ambas as cabinas iniciam viagem (para sentido descendente e ascendente, respetivamente). Instantes após o início da marcha e não percorrendo mais de cerca de seis metros, os carros subitamente perdem a força de equilíbrio garantida pelo cabo de ligação que as une, já que o cabo da estrutura do elevador, que assegurava também a sua segurança, soltou-se. A cabina nº2, que começava a subir da posição inferior junto à Praça dos Restauradores, descaiu cerca de dez metros, ficando preso pelo gradil no limite inferior do carril, sem descarrilar. Já a cabina nº1, que começava a descer da posição superior junto ao Jardim de São Pedro de Alcântara, começou a descer a calçada da Glória desgovernada em grande velocidade até, por volta das 18:04, descarrilar e embater no edifício localizado no cotovelo da calçada da Glória.[19][20] O alerta para o acidente foi dado às 18:08.[15][21] Para o local foram enviados meios do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, do INEM, de Bombeiros Voluntários de vários concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, da Polícia Municipal de Lisboa, da Polícia de Segurança Pública e do Serviço Municipal de Proteção Civil.[22]
O acidente causou no imediato 15 mortos e 23 feridos, dos quais dez em estado grave, tendo um destes acabado por falecer na madrugada do dia seguinte no Hospital de São José, entre ocupantes da carruagem e transeuntes que circulavam na calçada da Glória.[23][24][25][13][26][18] Os feridos foram transportados para os hospitais da região de Lisboa, designadamente para o Hospital de São José, Hospital de Santa Maria, Hospital de São Francisco Xavier, e ainda para o Hospital Fernando Fonseca e para o Hospital de Cascais.[27]
Um dos mortos era o guarda-freio da carruagem, André Marques. As outras quatro vítimas mortais portuguesas eram funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.[28] De uma família de turistas alemães que se encontrava a bordo, uma criança de três anos sobreviveu com ferimentos leves encontrando-se os pais internados em estado grave.[29] Entre os treze feridos ligeiros estão dois de nacionalidade espanhola, uma mulher italiana que sofreu uma fratura no braço, entre outros de nacionalidade portuguesa, canadiana, americana, ucraniana, brasileira, australiana, israelita e francesa.[17][30] Segundo informações das autoridades de saúde, nomeadamente Álvaro Almeida, diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde, todos os feridos considerados ligeiros já teriam tido alta hospitalar no final da tarde do dia 4 de setembro de 2025.[31]
Este acabou por ser o pior acidente ferroviário em território nacional desde o desastre em Póvoa de Santa Iria em 1986, que vitimou 17 pessoas,[32] e um dos piores desde Moimenta-Alcafache em 1985, considerado o pior acidente ferroviário nacional.[33]
FONTE: pt.wikipedia.org
(Mais informação e explicação das notas numeradas em:
Acidente do Elevador da Glória - Wikipedia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org)
*** Presto aqui a minha grande homenagem às vítimas e familiares deste grande acidente.
Sem comentários:
Enviar um comentário