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domingo, 1 de dezembro de 2024

Restauração da Independência em Portugal, comemora-se a 1 de dezembro

Restauração da Independência de Portugal | RESTAURAÇÃO da IN… | Flickr
imagem obtida em flickr.com


Restauração da Independência – Wikipédia, a enciclopédia livre
imagem in pt.wikipedia.org


Restauração da Independência – Conversamos?!…
imagem in https://amusearte.hypotheses.org

Neste dia, comemora-se uma data importante, das mais relevantes da História de Portugal: a libertação do nosso país dos três reis Filipes de Espanha, que nos subjugaram durante 60 anos.

Apresento aqui um trabalho realizado por alunos de uma escola do nosso país e do qual gostei muito, pelo seu discurso conciso e sintético, cingindo-se ao essencial:

A Restauração da Independência em Portugal comemora-se anualmente no dia 1 de dezembro. Relembra-se com esta data a ação dos nobres portugueses ocorrida a 1 de dezembro de 1640, quando invadiram o Paço Real e mataram Miguel de Vasconcelos, o representante de Espanha em Lisboa, aclamando D. João, duque de Bragança, como rei de Portugal.

A Restauração da Independência foi o culminar de um período de grande descontentamento por parte da população portuguesa, desiludida com a União Ibérica, entre Portugal e Espanha, que teve a duração de 60 anos (de 1580 a 1640). Este período originou diversos problemas à população portuguesa, com sobrecarga de impostos e envolvimento de Portugal nos conflitos de Espanha.

Os 60 anos que fomos governados por três reis Filipes de Espanha (domínio filipino) aconteceu porque o jovem rei português, D. Sebastião, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir, originando um problema de sucessão no trono.

O facto de termos conseguido recuperar a independência foi tão relevante que ainda hoje celebramos esta data com um feriado nacional, considerado dos mais significativos da nossa História.


REFERÊNCIA: Agrupamento de Escolas de São Martinho

aesmartinho.pt

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

1º de dezembro - o feriado mais antigo de Portugal

Porque hoje dia 1 de Dezembro é feriado? - Mundo Português
imagem obtida in mundoportugues.pt

O que nos diz sobre o 1º de dezembro o Sumário de História de Portugal, de Tomás de Barros? 

Sim, o que podemos ler nesse livrinho tão antigo por onde estudámos História na nossa instrução primária? Refiro-me obviamente aos que a estudaram nos anos 50/60...

Passo a transcrever:

"Revolução de 1640  

A Pátria já não podia suportar mais afrontas; a situação tornara-se insuportável. Mas chegava o momento ajustado. Ao amanhecer o dia 1º de Dezembro de 1640, quarenta fidalgos chefiados pelo Dr João Pinto Ribeiro, lançaram-se na redentora aventura: penetraram no paço da Ribeira onde vivia a vice-rainha, Duquesa de Mântua, e mataram o seu secretário - português traidor - Miguel de Vasconcelos. Ali mesmo proclamaram rei de Portugal D. João, 8º Duque de Bragança, com o nome de D. João IV. Estava ganha a revolução. Portugal tinha sacudido a dominação espanhola, que durara 60 anos, e restaurado a sua independência. Assim começou a 4ª dinastia, chamada de Bragança ou Brigantina.

Observação - os 40 fidalgos planearam a revolução de 1640 no palácio de Dom Antão de Almada, onde se reuniram, apoiados pelo Duque de Bragança. Além do Dr. João Pinto Ribeiro e de D. Antão de Almada, merecem referência mais os seguintes conjurados: Dr. Sanches de Baena, D. Miguel de Almeida, Pinto de Mendonça, P.e Nicolau da Maia, D. Pelo de Meneses, D. Carlota de Noronha, etc. Conta-se que D. Luísa de Gusmão, esposa do Duque de Bragança, quando este lhe contou o plano da revolução, aplaudiu-o, acrescentando: "Vale mais viver reinando do que acabar servindo".

ANOTAÇÕES

Portugueses Ilustres 

No decurso deste período são dignos, também, de especial referência: 

Reinado de Filipe I 

- Paulo Dias de Novais, conquistador de Angola e fundador da cidade de São Paulo de Luanda.

Reinado de Filipe II 

André de Mendonça, heróico defensor das Molucas. 

- Manuel Godinho Herédia, notável cosmógrafo e descobridor da Austrália.

- Manuel de Sousa Coutinho (frei Luís de Sousa), insigne homem de letras. 

Reinado de Filipe III

Manuel de Faria e Sousa, fecundo escritor.

...(...)... (...)...

Quanto tempo durou a dominação Filipina?

Durou 60anos, de tristes recordações.

FONTE: Sumário de História de Portugal, de Tomás de Barros (Com narrativa dos factos principais, iconografia dos Chefes de Estado, recapitulação em questionário e variados exercícios para a 4ª CLASSE do ensino Primário e Admissão aos Liceus. 24ª Edição - Editora Educação Nacional de Adolfo Machado - Rua do Almada, 125 - Porto)

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Grito do Ipiranga - Independência do Brasil

O grito do Ipiranga - RTP Ensina
imagem in ensina.rtp.pt



Pesquisando na INFOPÉDIA, encontrei:

Grito do Ipiranga

Acontecimento ocorrido a 7 de setembro de 1822 que simboliza a independência do Brasil. Na sequência de diversos conflitos de poderes entre as Cortes e a administração da colónia, o príncipe português D. Pedro (o futuro D. Pedro IV), regente do Brasil, declarou o território definitivamente separado da metrópole, bradando "Independência ou morte!". O facto ocorreu nas margens do Rio Ipiranga. No dia 1 de dezembro seguinte, D. Pedro foi coroado imperador do Brasil.

Referência:
Porto Editora – Grito do Ipiranga na Infopédia [em linha]. 
Porto: Porto Editora. [consult. 2022-09-07 19:13:34]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$grito-do-ipiranga


Alargando um pouco mais a minha pesquisa, encontrei um relato mais completo em https://ensina.rtp.pt/artigo/o-grito-do-ipiranga/

Foi nas margens do rio Ipiranga que ocorreu, a 7 de setembro de 1822, um dos episódios mais célebres de toda a história do Brasil e que se tornou sinónimo, na língua portuguesa, de declaração de emancipação ou de independência. 

E foi disso mesmo que se tratou, por parte do então príncipe regente D. Pedro, que governava o Brasil em nome do seu pai, o rei D. João VI. Ipiranga, que significa “rio vermelho” na língua tupi, é um pequeno riacho localizado no centro da atual cidade de S. Paulo. D. Pedro encontrava-se no local quando terá recebido informações de que as cortes de Lisboa tinham anulado as suas ordens e reduzido o seu poder como príncipe regente. Terá então declarado à sua guarda de honra a separação irreversível do Brasil em relação a Portugal e proferido a famosa expressão “independência ou morte”.

Trata-se de um episódio de veracidade duvidosa mas que a tradição consagrou. O dia 7 de setembro é feriado nacional no Brasil e é celebrado oficialmente como o Dia da Independência.

Era inevitável, a proclamação da independência?

Pode-se dizer hoje que o processo de emancipação do Brasil e das colónias espanholas na América era inevitável, uma vez que tanto Portugal como Espanha estavam enfraquecidos pelas guerras napoleónicas e encontravam-se em plena crise política e social. No caso português, o facto de o rei e a corte terem residido no Rio de Janeiro durante vários anos desequilibrou a relação tradicional entre a metrópole e a colónia e concedeu um impulso decisivo às aspirações independentistas do Brasil.

O príncipe D. Pedro tinha já dado um sinal importante nesse sentido, alguns meses antes, quando se recusou a acatar as ordens de Lisboa para regressar a Portugal. Tinha o apoio de parte substancial das elites brasileiras, que não aceitavam o retorno do país à simples condição de colónia, como era intenção das Cortes em Lisboa. O Grito do Ipiranga foi portanto um momento simbólico que revelou uma rutura que já estava em curso.

Teve efeitos imediatos?

O episódio do Grito do Ipiranga não parece ter tido o impacto que a tradição lhe atribui. Há historiadores que afirmam que passou despercebido na época e que só várias décadas mais tarde é que veio a ser considerado como o momento-chave da independência do Brasil. Seja como for, D. Pedro foi aclamado como imperador alguns dias depois, mas a adesão à sua causa não foi unânime.

Houve tentativas de restauração do domínio português e diversas regiões tentaram separar-se do Brasil e formar repúblicas autónomas, porque parte do movimento independentista era republicano e não aceitava um Brasil monárquico. Mas apesar de todas as dificuldades, o processo de independência saiu vitorioso. Portugal reconheceu o Brasil independente em 1825 e o país manteve a sua integridade territorial, não se fragmentando em diversos estados, como ocorreu com as colónias espanholas da América do Sul. D. Pedro, contudo, foi obrigado a abdicar em 1831. Regressou então a Portugal para liderar a luta contra o regime absolutista de D. Miguel e veio a ocupar o trono como D. Pedro IV.

in https://ensina.rtp.pt/artigo/o-grito-do-ipiranga/

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Hoje celebra-se o feriado de 5 de outubro

Recordemos o que estudámos na História de Portugal:

"A revolução foi proclamada por todo o povo antes ainda de decidida a última acção, que daria origem ao 5 de Outubro de 1910, ou se saber quem alcançaria a vitória; e, desde esse momento, a notícia transmitida para todas as cidades e terras de Portugal, a adesão unânime à República foi verdadeiramente um plebiscito de espontaneidade e entusiasmo, entrando logo a vida portuguesa em normalidade.
Mantiveram-se os valores do Estado, o comércio abriu as suas portas, e a República era consagrada com cantares e alegrias, porque se respirava um ar oxigenado e livre.
As Constituintes de 1911 e os seus Deputados. Obra compilada por um antigo oficial da Secretaria do Parlamento, Lisboa, Livraria Ferreira, 1911, p.381.

Proclamação da República de 5 de Outubro de 1910

Na manhã do dia 5 de Outubro de 1910, em Lisboa, dirigentes do Partido Republicano Português dirigiram-se aos Paços do Concelho, de cuja varanda, José Relvas, acompanhado por Eusébio Leão e Inocêncio Camacho, proclamou a República: “Unidos todos numa mesma aspiração ideal, o Povo, o Exército e a Armada acabou de, em Portugal, proclamar a República”.

Testemunho de José Relvas do 5 de Outubro de 1910

A Praça do Município regurgitava, cheia pela multidão que ali acorrera logo depois de pacificada pela confraternização do Rossio. Foram proclamados os membros do Governo Provisório: Presidente, Teófilo Braga; Interior, António José de Almeida; Justiça, Afonso Costa; Finanças, Basílio Teles; Guerra, Correia Barreto; Marinha, Amaro de Azevedo Gomes; Obras Públicas, António Luís Gomes e Estrangeiros, Bernardino Machado. (…).
5 de Outubro de 1910 (Autor: Anselmo Franco)
5 de Outubro de 1910 (Autor: Anselmo Franco)
Fonte: José Relvas, Memórias Políticas, Lisboa, Terra Livre, 1977, p.151.

Testemunho de António José de Almeida do 5 de Outubro de 1910

Batalhou-se durante três dias, mas batalhou-se honrosamente e aqueles que pegaram nas espingardas saíram dessa luta com as mãos tão puras de sangue que, voltando a seus lares podiam tomar ao colo as crianças que encontravam no berço.
Fonte: Discursos do Dr. António José de Almeida (Presidente de Portugal) Durante a sua estadia no Rio de Janeiro, de 17 a 27 de Setembro de 1922, por ocasião das festas comemorativas do 1.º centenário da Independência do Brasil, Rio de Janeiro, Jacinto Ribeiro dos Santos, 1922, p.36."

encontrei em: 

http://www.historiadeportugal.info/5-de-outubro-de-1910/