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imagem em: https://oprojetopedal.wordpress.com/ Quando se fala de alguém a quem chamamos "ovelha negra" estamos a querer transmitir a ideia de que aquela "ovelha", especificamente, não se integra naquele mesmo "rebanho". |
Aplica-se muito no seio de uma determinada família, o que não significa que também não se possa estar a fazer alusão a um outro grupo de pessoas.
Ao reparar nessa "ovelha", sentimos que é diferente do que conhecemos entre uns e outros como "normal". Não segue esse padrão. Claro, que estamos a usar o termo em sentido pejorativo.
A história desta expressão: nas antigas religiões pagãs, estas sacrificavam os animais negros ("vistos como forças das trevas" e ofereciam-nos aos seus deuses.
Continuando a pesquisar a obra de Andreia Vale (onde me baseei para elaborar este post), Puxar a brasa à nossa sardinha, da Manuscrito, 2015, encontra-se uma outra alusão a esta expressão, no domínio da prática: em relação a estes animais propriamente ditos, sabemos que a tradição por parte dos pastores mais antigos os levava a exprimir uma preferência pelas ovelhas brancas, uma vez que a sua lã podia ser "tingida" de preto o que as valorizava mais do que às ovelhas de cor negra, que tinham um valor "de mercado" inferior.
Em relação à "ovelha ronhosa" (geralmente ouve-se dizer ovelha ranhosa, mas não é correto, é ronhosa (sarna que ataca os animais).
Com os humanos, a expressão "a ovelha ronhosa" designa alguém que está conotada deste modo: "...é dizer que ela é a vergonha, a desgraça, a nódoa no pano de uma família, ou de um grupo".
Uma vez que estes dois adjetivos "ranhosa" e "ronhosa" têm uma fonética muito parecida e até a ortografia. Por isso, generalizou-se mais a palavra "ranhosa" do que a "ronhosa"!
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