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Stephen Hawking, o físico britânico que revolucionou a forma como olhamos para o Universo, morreu na madrugada desta quarta-feira, anunciou um porta-voz da família, citado pela agência Associated Press. Os filhos do cientista, Lucy, Robert e Tim, já reagiram num comunicado: “O nosso pai foi um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos”.
Há décadas paralisado e restringido a uma cadeira de rodas, o cientista, que sofria de esclerose lateral amiotrófica, perdeu em 2013 os movimentos faciais que lhe permitiam comunicar. Com 21 anos, após uma queda de patins, foi-lhe diagnosticada esta doença degenerativa, que iria progressivamente paralisar os seus músculos. Segundo o médico, Stephen Hawking teria no máximo dois anos de vida. Morreu esta quarta-feira, 55 anos depois.
Com 74 anos, disse que viveu mais do que esperava, mais do que a ciência previu. E continuava ativo. “Sentir-me-ia condenado se morresse sem antes desvendar mais e mais do universo. Se não tivesse mais o que contribuir, suicidar-me-ia”, revelou numa entrevista à BBC, em 2015.
A morte medicamente assistida é ilegal no Reino Unido e Hawking foi um dos subscritores (e maiores impulsionadores) de um projeto de lei apresentado ao Parlamento britânico que pedia a legalização do procedimento, concretamente a pacientes que não tenham mais do que seis meses de vida. Em 2014, durante o lançamento do filme inspirado na sua vida, “A Teoria de Tudo”, o cientista admitiu que na década de 1980 tentou mesmo pôr termo à vida.
Uma das últimas aparições de Hawking foi na Web Summit, em Lisboa, em 2017, onde surgiu como convidado especial.
[Veja aqui o vídeo com a intervenção de 8 minutos de Stephen Hawking, legendada em português]
in observador.pt 14.03.2018 por João Porfírio e Gonçalo Correia
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