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terça-feira, 13 de maio de 2025

13 de maio - dia de Nossa Senhora de Fátima

 


Acabo de ler na pt.euronews.com num artigo de hoje, 13 de maio de 2025 (de Ricardo Figueira), uma notícia comovente.

Está relacionada com as celebrações do Dia de Nossa Senhora de Fátima, que recebe no seu Santuário milhares de peregrinos.

Estes apelam à presença do novo Papa, Leão XIV no Santuário de Fátima. A peregrinação celebra as aparições da Virgem Maria quando esta apareceu em 1917 pela primeira vez aos três pastorinhas.

Partilho uma parte da notícia:

Prevost era primeira escolha para presidir às cerimónias

Antes de ser eleito Papa, Robert Francis Prevost era a primeira escolha para presidir às cerimónias deste ano, como confessou, em conferência de imprensa, o bispo de Leiria-Fátima e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas: "Inicialmente disse que viria com muito gosto, mas depois evocou motivos de agenda para não vir nesta altura, mas sim na peregrinação de outubro", disse. Acabou por ser o cardeal brasileiro Jaime Spingler, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), a dirigir as celebrações.

Ornelas disse também que o bispo emérito da mesma diocese, D. António Marto, já convidou, informalmente, o Papa a visitar o santuário.

É grande o desejo de todos de ver Leão XIV presidir às cerimónias, talvez já no próximo ano. O padre espanhol Juan Carlos López vem de Toledo e visita o santuário várias vezes por ano: "Imagino que sim, que em breve (Leão XIV) fará uma visita a este santuário, que é o centro da espititualidade mariana, não só em Portugal, como em todo o Mundo", diz. Sobre o novo Papa, não tem dúvidas: "Penso que é o melhor que o Espírito Santo nos poderia dar nestes tempos. Estamos muito contentes com o Santo Padre. Rezamos muito por ele. Aliás, vamos pedir pelo pontificado do Papa aqui em Fátima e consagrar o seu ministério. É o Papa que o Espírito Santo escolheu para gerir a Igreja nestes tempos tão difíceis e acredito que o fará muito bem", diz à Euronews.

O Santuário de Fátima é o lugar de peregrinação católica mais importante em Portugal e um dos mais importantes em todo o Mundo. Os antecessores de Leão XIV vieram cá muitas vezes. O Papa Francisco esteve cá duas vezes, em 2017, no centenário das aparições, e em 2023, por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude.

Este ano, pelo menos no primeiro dia, as celebrações bateram já os números do ano passado em termos de participação, com 270 mil pessoas a assistir à tradicional Procissão das Velas, que acontece na noite de 12 para 13 de maio.

Sinto-me muito feliz como crente e praticante da Igreja Católica, com a perspetiva do Santo Padre vir um dia a Fátima, reunindo-se com esta grande família portuguesa.

É que o Santuário de Fátima, como podemos ler no artigo transcrito é mesmo o centro da espiritualidade portuguesa.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Papa Francisco “partiu” deixando-nos os corações destroçados!

O último pronunciamento e aparição pública de Papa Francisco
imagem obtida em rollingstone.com.br


Sim, o nosso querido Papa Francisco acaba de “partir” para junto do seu PAI, que também é o PAI de todos nós.

Deixando-nos um legado de fraternidade, sabedoria, humanismo, pensamentos e reflexões profundos, serão valores e inspirações que nos acompanharão toda a vida.

Mesmo para quem não é crente e praticante da religião cristã, as manifestações de admiração por este grande HOMEM são bem visíveis em todos os testemunhos que todos os dias ouvimos na comunicação social.

Não posso deixar de prestar aqui a minha grande HOMENAGEM a um ser inesquecível como o nosso querido Sumo Pontífice! Jorge Mário Bergoglio de seu nome próprio, um sacerdote argentino, nascido a 16 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, esteve sempre junto dos mais pobres e necessitados, visitando-os com frequência. 

Mais tarde nomeado Cardeal, veio a ser eleito PAPA após a morte do Papa Bento XVI (Cardeal Ratzinger). 

Na reunião de um novo Conclave dos Cardais, para a escolha de um novo Sumo Pontífice que ocupasse o lugar de Ratzinger, a saída do FUMO PRETO da chaminé da Capela Sistina, indicava que ainda não tinha havido consenso entre os Cardeais.

Mas quando o tão ansiado consenso entre estes teve lugar, houve um FUMO BRANCO saído da chaminé da famosa Capela, anunciando que já fora eleito o novo Papa: “HABEMUS PAPAM” (temos Papa).

E foi assim que Francisco foi o escolhido!

Ao assumir o cargo supremo da Igreja Católica, Apostólica, Romana, adotou chamar-se Francisco de Assis. No seu Testamento escreveu que, quando um dia morresse, queria ficar sepultado num simples túmulo térreo e com o nome de FRANCISCUS!

"Meu querido Papa Francisco: em vez de “adeus”, prefiro dizer-te “ATÉ JÁ”, porque sei que, um dia, nos encontraremos na eternidade! Ainda passaste o Domingo de Páscoa com os teus fiéis. 

Deus quis conservar-te, não te deixando partir sem antes te despedires de todos nós na época Pascal em que as famílias de todo o mundo se reunem. 

Estivemos, assim, TODOS, TODOS, TODOS, unidos no momento de nos abençoares com os teus desejos de BOA PÁSCOA, porque sentiste que não podias partir sem recebermos essa tua Bênção Tão Especial!"

domingo, 26 de maio de 2024

Qual o significado de Pentecostes?

Pentecostes: O Espírito Santo age na Igreja e no mundo - Vatican News
imagem obtida in : https://www.vaticannews.va


Pentecostes: O Espírito Santo age na Igreja e no mundo

Pentecostes é a festa da unidade na diversidade, é a festa da luz diante das trevas do pecado e da morte. É a festa do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (Jo 14,6).

Dom Vital Corbellini, Bispo de Marabá – PA.

No domingo seguinte à Ascensão do Senhor festeja a Igreja a solenidade de Pentecostes, a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, que estavam reunidos no mesmo lugar, em Jerusalém, como um vento impetuoso, que encheu toda a casa e onde apareceram como que línguas de fogo que pousavam sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo e eles começaram a falar outras línguas conforme o Espírito Santo lhes concedia de se exprimirem (At 2,1-4). Pentecostes é a festa da unidade na diversidade, é a festa da luz diante das trevas do pecado e da morte. É a festa do amor de Deus manifestado em Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (Jo 14,6).

Pentecostes é uma palavra grega: Pentecoste, cujo significado é qüinquagésimo dia; é uma festa católica, celebrada no domingo quarenta e nove dias após a Páscoa, para lembrar a descida do Espírito Santo no Cenáculo sobre os Apóstolos e a Virgem Maria[1]. Antes da Ascensão, disse Jesus aos discípulos para não se afastarem de Jerusalém para aguardarem a realização da promessa do Pai, pois se João batizou com água, eles seriam batizados no Espírito Santo (At 1, 4-5).

Os Apóstolos receberam o poder do Espírito Santo que desceu sobre os apóstolos para serem testemunhas de Jesus Cristo em Jerusalém, em toda a Judéia e na Samaria, e até aos confins da terra (At 1,8). Desta forma o Espírito Santo, veio por pedido de Jesus ao Pai para a ação na Igreja e no mundo, em vista da unidade com Deus e pela salvação dos povos, como dom de Deus para todos.

A doutrina sobre o Espírito Santo

Os Padres da Igreja desenvolveram uma doutrina sobre o Espírito Santo pelas fórmulas pneumatólogicas no Antigo Testamento (AT), mas, sobretudo pelo Novo Testamento (NT). O Antigo Testamento falou da descida do Espírito sobre os reis e os chefes do povo (1 Sm 10,1;16,3), sobre os profetas (Is 11,2; Sl 50,13) percebido também como dom prometido para o dia do Senhor (Jl 3,1). A Sagrada Escritura também falou que o Espírito pairava sobre as águas originárias (Gn 1,2). No NT, o Espírito Santo faz-se em referência à pessoa de Jesus de Nazaré, confessado como o Cristo, por ser o Messias, o Salvador de Israel e de toda a humanidade, com isso a presença do Espírito Santo na vida da Igreja e no mundo.

O Espírito é dado a Jesus em vista da missão porque ele o consagrou para evangelizar os pobres, libertar os presos, dar a vista aos cegos, restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor (Lc 4, 18-19). Mas o Senhor também falou da vinda do Espírito Santo, o Espírito da verdade que ensinará a verdade plena (Jo 16,13), levando as pessoas à vida com Deus e com as pessoas. Os Padres da Igreja colocaram as bases para uma doutrina pneumatológica do Espírito Santo, como Tertuliano, Hipólito de Roma, Orígenes, o Concílio de Constantinopla, São Cirilo de Jerusalém, São Basílio de Cesareia, São Gregório de Nazianzo, Santo Agostinho entre outros[2]. A seguir ver-se-á a forma como alguns deles deram uma reflexão do Espírito Santo, que ilumina as pessoas em vista do amor de Deus em Jesus Cristo às pessoas e para o mundo.
A ação do Espírito Santo

São Cirilo de Jerusalém, bispo, século IV disse que o Espírito Santo é onipotente, grandioso, extraordinário, nos dons do qual ele se faz portador. Ele age eficazmente estando no meio, no interior das pessoas de paz e de amor. Ele conhece a natureza das pessoas, discernindo os pensamentos e a consciência tudo aquilo que é pronunciado ou se faz na agitação da mente. A sua ação é para todas as pessoas de bem, que amam a Deus, ao próximo como a si mesmo. É preciso considerar a sua ação para todos os povos, os bispos, os presbíteros, os diáconos, os monges, as virgens, todos os fieis leigos e leigas. Ele é o grande protetor e doador de graças, em qualquer lugar do mundo, doando a um a modéstia, a simplicidade, a outro a castidade, a outra a misericórdia, a outro o amor para com os pobres, a outro ainda o poder de expulsar os espíritos adversos[3].
O Espírito é a luz divina

São Cirilo de Jerusalém ainda dizia que o Espírito Santo é a luz divina que esclarece tudo para a glória humana e de Deus. Ele possibilita na integridade com um único raio, a vida das pessoas e dos povos, trazendo-os à luz da verdade das coisas. Ele ilumina todas as pessoas que tem olhos para vê-lo: se alguém de fato não estando em grau de percebê-lo, não vem retido pela graça, não se atribui a culpa a ele, mas antes a incredulidade da própria pessoa[4]. O Espírito Santo age na pessoa se o coração humano for aberto às suas inspirações, em vista da conversão de vida e na unidade com Cristo e com o Pai.
É a terceira Pessoa da Santíssima Trindade

São Basílio Magno, bispo do século IV, de Cesareia, na Turquia disse que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, na qual forma a unidade onipotente em Deus. Ele é um com o Pai, e com o Filho de modo que ele é Deus como o Pai e é Deus como o Filho. O Espírito Santo santifica aqueles que são santificados.

Ele preenche os anjos, os arcanjos, santifica as potestades, vivifica tudo. Ele distribui dons sobre a inteira criação, de modo que não resulta diminuído. Ele doa a todos a sua graça, enche as pessoas que o invocam sem diminuir-se. O Espírito concede a todos a sua graça permanecendo intato e indiviso. Ilumina a todos ao conhecimento de Deus, entusiasma os profetas, torna sábios os legisladores, consagra os sacerdotes, consolida os reis, perfecciona os justos e as justas, dá o dom da santificação, ressuscita os mortos, liberta os prisioneiros, torna filhos e filhas os estrangeiros[5]
O dia aguardado

São Leão Magno, papa do século V afirmou que a descida do Espírito Santo foi um dia bem aguardado por todos os discípulos do Senhor. Ele foi consagrado ao Espírito Santo com o excelente milagre do dom que ele fez de si mesmo. Após uns dias no qual o Senhor ressuscitado subiu acima de todos os céus para se assentar à direita de Deus Pai, refulgindo como o qüinquagésimo dia, teve Pentecostes, encerrando grandes mistérios dos antigos e dos novos sacramentos, pela demonstração da graça preanunciada pela lei e esta cumprida pela graça.

Enquanto para o povo hebreu, libertado do Egito, no qüinquagésimo dia após a imolação do cordeiro, se celebrava a lei de Moisés, dada no monte Sinai (Ex 19,17), no qüinquagésimo dia, após a paixão de Cristo na qual foi imolado o verdadeiro Cordeiro pascal de Deus, o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos e o povo fiel (At 2,3). É preciso que o cristão reconheça a realização da Aliança nova travada pelo Espírito a qual instituiu também a primeira[6].

O sopro do Espírito e o inicio da pregação evangélica

São Leão Magno tendo presente o dom do Espírito dado aos discípulos de falar em línguas, afirmou que o Espírito Santo sopra onde quer (Jo 3,8) de modo que as línguas próprias de cada povo, tornaram-se comuns nos lábios da Igreja. Com Pentecostes houve o início da pregação evangélica, com a chuva da carismas, rios de bênçãos a irrigarem o deserto e a terra árida em vista da renovação da terra, para dissipar as antigas trevas tendo os fulgores da nova luz, quando pelo esplendor das línguas brilhantes concebia o verbo luminoso do Senhor, superando a morte e o pecado[7].

O Espírito Santo é dado para superar a debilidade da carne

Santo Ireneu de Lião, bispo, séculos II e III colocou a importância da ação do Espírito Santo na pessoa em vista da superação da debilidade da carne. As pessoas que temem a Deus e crêem em Jesus, pondo o Espírito de Deus no seu coração, são consideradas viventes para Deus, porque possuem o Espírito do Pai que purifica o ser humano e o eleva à vida de Deus. O Senhor afirmou que a carne é fraca e o espírito está pronto (Mc 14,38), capaz de realizar o que deseja. O fato é que se alguém misturar a prontidão do Espírito à fraqueza da carne, o que é forte supera o fraco, a fraqueza da carne será absorvida pela força do Espírito. Assim os mártires testemunharam o amor de Cristo e desprezaram a morte não segundo a fraqueza da carne, e sim conforme a prontidão do Espírito. O Espírito Santo ao absorver a fraqueza, possui a carne em si e estes elementos constituem o ser humano vivente pela participação do Espírito na vida da pessoa[8].

A Igreja festeja Pentecostes como o acontecimento que marcou a vida da Igreja no inicio para testemunhar Jesus Cristo ressuscitado dentre os mortos, o amor do Pai para a vida da Igreja e do mundo.

[1] Cfr. Pentecòste. In: Il vocabolario treccani, Il Conciso. Milano, Trento, 1998, pg. 1156.

[2] Cfr.F. Bolgiani. Spirito Santo. In: Nuovo Dizionario Patristico e di Antichità Cristiane, diretto da Angelo Di Berardino, P-Z. Marietti, Genova, 2008, ps. 5093-5106.

[3] Cfr. Cirillo di Gerusalemme. Catechesi Battesimali, 16,22-23. In: La teologia dei padri, v. 2. Città Nuova Editrice, Roma, 1982, pg. 306.

[4] Cfr. Idem. Pgs. 306-307.

[5] Cfr. Basilio Il Grande. Omelia sulla fede, 3. In: idem, pg. 307.

[6] Cfr. LXXV Sermão. Primeiro Sermão de Pentecostes, 1. In: Sermões. Leão Magno. São Paulo, Paulus, 1996, pg. 178-179.

[7] Cfr. Idem. Pg. 179.

[8] Cfr. Ireneu de LIão, V,9,2. São Paulo, Paulus, 1995, pgs. 538-539.

FONTE: https://www.vaticannews.va/
pentecostes-o-espirito-santo-age-na-igreja-e-no-mundo.html

sábado, 3 de setembro de 2022

Reflexão do XXIII Domingo do Tempo Comum

“Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”
imagem in vaticannews.va

Reflexão para o XXIII Domingo do Tempo Comum

O ponto forte da mensagem de Jesus, no Evangelho de Lucas, não é tanto “carregar a cruz”, quanto “caminhar atrás de mim”, “seguir-me!”

Padre Cesar Augusto. SJ - Vatican News

O tema da meditação deste final de semana é a frase do Evangelho de Lucas: “Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”.

Comumente dá-se destaque, ou impressiona-nos mais o “carregar a cruz”. Sobre isso já se escreveu e já se falou muito, ao mesmo tempo que é usado para uma atitude conformista de pensar-se que Deus quer o nosso sofrimento.

Jesus teve sua cruz e eu tenho a minha, a que ele me deu. A isso devo me conformar, isto é, tomar a forma dela, encaixando-me em sua fôrma. Mas será isso que o Senhor da Vida, do Amor pede a mim, seu filho?

Não, não é assim. Deus não quer o nosso sofrimento! O sofrimento não é caminho de salvação. O caminho de salvação é Jesus Cristo. Ele disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade, a Vida!”

Portanto, o ponto forte da frase de Jesus, colocada no Evangelho de Lucas não é “carrega a cruz”, mas sim “caminha atrás de mim”, segue-me!

Seguir Jesus supõe fazer uma opção. Opção por ele, é claro!

Toda opção exige renúncia. É escolher isso ou aquilo. A opção feita irá marcar nossa vida.

Optar por Jesus Cristo significa deixar tudo e colocá-lo, e somente ele, como absoluto da vida. A ele sim, deveremos nos conformar, não no sentido de entrar na fôrma, mas de recuperar nossa essência e caminharmos para a existência plena.

Fomos criados imagem e semelhança de Deus, do Verbo, de Cristo. O homem só será feliz quando recuperar sua vocação, quando voltar às suas origens. Fazer a opção pela Vida, para ser si mesmo e não outro ser, ou seja, ser imagem e semelhança da Verdade, da Vida, do Amor!
Padre Cesar Augusto. SJ - Vatican News 
in vaticannews.va

domingo, 21 de agosto de 2022

Para reflexão... Domingo XXI do Tempo Comum - Ano C

Baixe o roteiro "Celebrar em família" para o 21º Domingo do Tempo Comum -  CNBB
in https://www.cnbb.org.br/


Para partilhar este post, baseei-me na pesquisa que efetuei. 

Encontrei a seguinte explicação para o que escutei na leitura do evangelho de hoje.

Domingo XXI do Tempo Comum – Ano C – 21.08.2022

24
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir. 
25
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: ‘Abre-nos, Senhor!’ Mas ele há-de responder-vos: ‘Não sei de onde sois. Lc 13, 24-25


Para refletir e partilhar, considerar os seguintes dados:

Em primeiro lugar, é preciso ter a consciência de que o “Reino” não está condicionado a qualquer lógica de sangue, de etnia, de classe, de ideologia política, de estatuto económico: é uma realidade que Deus oferece gratuitamente a todos; basta que se acolha essa oferta de salvação, se adira a Jesus e se aceite entrar pela “porta estreita”. Tenho consciência de que a comunidade de Jesus é a comunidade onde todos cabem e onde ninguém é excluído e marginalizado?

“Entrar pela porta estreita” significa, na lógica de Jesus, fazer-se pequeno, simples, humilde, servidor, capaz de amar os outros até ao extremo e de fazer da vida um dom. Por outras palavras: significa seguir Jesus no seu exemplo de amor e de entrega. Quando Tiago e João pretenderam reivindicar lugares privilegiados no “Reino”, Jesus apressou-Se a dizer-lhes que era necessário primeiro partilhar o destino de Jesus e fazer da vida um dom (“beber o cálice”) e um serviço (“o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida”). Jesus é, portanto, o modelo de todos os que querem “entrar pela porta estreita”. É o seu exemplo que é proposto a todos os discípulos.

Já constatámos todos que esta “porta estreita” não é, hoje, muito popular. A este propósito, os homens de hoje têm perspetivas bem diferentes de Jesus… A felicidade, a vida plena encontra-se, para muitos dos nossos contemporâneos, no poder, no êxito, na exposição social, nos cinco minutos de fama que a televisão proporciona, no dinheiro (afinal, o novo deus que move o mundo, que manipula as consciências e que define quem tem ou não êxito, quem é ou não feliz). Como nos situamos face a isto? As nossas opções vão mais vezes na linha da “porta larga” do mundo, ou da “porta estreita” de Jesus?

É preciso ter consciência de que o acesso ao “Reino” não é, nunca, uma conquista definitiva, mas algo que Deus nos oferece cada dia e que, cada dia, nós aceitamos ou rejeitamos. Ninguém tem automaticamente garantido, por decreto, o acesso ao “Reino”, de forma que possa, a partir de uma certa altura, ter comportamentos pouco consentâneos com os valores do “Reino”. O acesso à salvação é algo a que se responde – positiva ou negativamente – todos os dias e que nunca é um dado totalmente seguro e adquirido.

Para nós, assumidamente cristãos, onde está a salvação? Jesus dizia que, no banquete do “Reino”, muitos apareceriam a dizer: “comemos e bebemos contigo e tu ensinaste nas nossas praças”; mas receberiam como resposta: “não sei de onde sois; afastai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade”. Este aviso toca de forma especial aqueles que conheceram bem Jesus, que se sentaram com Ele à mesa (da Eucaristia), que escutaram as suas palavras, que fizeram parte do conselho pastoral da paróquia, que foram fiéis guardiães das chaves da igreja ou dos cheques da conta bancária paroquial, que até, se calhar, se sentaram em tronos episcopais ou papais… mas que nunca se preocuparam em entrar pela “porta estreita” do serviço, da simplicidade, do amor, do dom da vida. Esses – Jesus é perfeitamente claro e objetivo – não terão lugar no “Reino”.
in Dehonianos.
https://paroquiavilarandorinho.pt/liturgia-da-palavra/

domingo, 25 de abril de 2021

Domingo do Bom Pastor - Dia das Vocações


imagem in https://paroquiasaoluis-faro.org/




Vaticano: Papa ordena nove sacerdotes para a Diocese de Roma no «Domingo do Bom Pastor»

Abr 19, 2021 - 16:35

Cidade do Vaticano, 19 abr 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai ordenar nove sacerdotes para a Diocese de Roma, no Dia Mundial de Oração pelas Vocações, dia 25 de abril, a partir das 09h00 locais (menos uma hora em Lisboa), na Basílica de São Pedro. (o negrito é meu)

O portal ‘Vatican News’ informa que futuros sacerdotes estão a preparar-se para a ordenação com um retiro num mosteiro e que realizam a sua formação em seminários da Diocese de Roma.

Seis estudaram no Pontifício Seminário Maior Romano, dois no Colégio diocesano Redemptoris Mater e um no Seminário Nossa Senhora do Divino Amor, Mateus Henrique Ataíde da Cruz que é natural do Brasil.

O jovem que viajou para estudar em Roma há sete anos recorda que aos 15 anos começou a ajudar “um homem idoso com o computador” e, segundo o contrato de trabalho, todos os dias tinha de “rezar com ele e recitar o Rosário”.

“O que a princípio vi como uma imposição, depois se tornou uma necessidade para mim”, testemunhou.

O Papa, que é também o bispo de Roma, vai ordenador para a sua diocese mais oito novos sacerdotes, nomeadamente Georg Marius Bogdan (Roménia), Diego Armando Barrera Parra (Colômbia), e os italianos Salvatore Marco Montone, Manuel Secci, Salvatore Lucchesi, Giorgio De Iuri (Itália) e Riccardo Cendamo e Samuel Piermarini do Colégio Redemptoris Mater.

O sítio online ‘Vatican News’ informa ainda que vai transmitir a celebração presidida pelo Papa no Dia Mundial de Oração pelas Vocações 2021, que tem como tema ‘São José: o sonho da vocação’, e Domingo do Bom Pastor.

A Igreja Católica em Portugal também está a celebrar a 58ª Semana de Oração pelas Vocações e a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios (CEVM) preparou um conjunto de propostas de oração e divulgação para esta semana especial.

CB/OC

domingo, 11 de abril de 2021

O que é a Pascoela?

imagem in vaticannews.va





Pascoela

pas.co.e.la
pɐʃˈkwɛlɐ
nome feminino
1.
domingo seguinte ao da Páscoa dos Cristãos
2.
semana a seguir à Páscoa dos Cristãos
De Páscoa+-ela

REFERÊNCIA:
Pascoela in Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. 
Porto: Porto Editora, 2003-2021. [consult. 2021-04-16 12:39:50]. 
Disponível na Internet: 


Para se perceber melhor quando se celebra a Pascoela, praticada pelos cristãos :

“Este ano teremos São José como companheiro de caminho, em direção à Páscoa, crescendo, 
caminhando e aprendendo na misericórdia, para a podermos celebrar no Mistério Pascal.” 
(Afonso Pereira, Seminarista)

A Diocese de Setúbal vai disponibilizar uma dinâmica de Quaresma e Páscoa, convidando à 
reflexão das obras de misericórdia e tendo como referência a figura de São José.

“Queremos oferecer aos diocesanos um caminho espiritual quaresmal com São José, que nos vai 
levar ao Domingo da oitava da Páscoa, chamado de Pascoela ou também da Divina Misericórdia” 
anuncia o Padre Luís Ferreira, Vigário Episcopal para a pastoral no vídeo de divulgação da iniciativa.) (o sublinhado é meu)

A dinâmica insere-se na celebração do ano dedicado a São José, decisão do Papa Francisco tornada
pública na sua carta apostólica “Patris corde – Com coração de Pai”, de 8 de dezembro de 2020, 
e que servirá de eixo ao aprofundamento do caminho quaresmal.

“Também com São José, vamos fazer um percurso até à misericórdia do Senhor. O Papa Francisco
recordou-nos no Ano dedicado à misericórdia que Deus é rico em misericórdia: Deus que nos abraça, Deus que nos perdoa mas que também nos desafia a pôr em prática as obras de Misericórdia, quer 
espirituais, quer corporais” acrescenta o sacerdote.

...(...)...

JM

in diocese-setubal.p

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Segunda-Feira do Anjo ou Segunda-Feira de Páscoa (a seguir ao Domingo de Páscoa)

in https://www.vaticannews.va
(Capela Redemptoris Mater)
A tradição da festa tem sua origem no Evangelho 
e recebe este nome porque foi precisamente um anjo que, 
no sepulcro, anunciou às mulheres que Jesus tinha ressuscitado.



Pesquisando sobre a Segunda-Feira do Anjo, encontrei uma notícia muito interessante, que nos explica o seu significado e que passo a transcrever:


Vaticano: Papa deixa mensagem de agradecimento a idosos e doentes

Abr 5, 2021 - 12:02

Francisco convida a prolongar alegria da Páscoa

Cidade do Vaticano, 05 abr 2021 (Ecclesia) – O Papa deixou hoje no Vaticano uma mensagem especial de agradecimento a idosos e doentes, convidando a prolongar alegria da Páscoa.

“O meu pensamento vai de forma especial para os idosos, doentes, ligados das próprias casas ou instituições de repouso e saúde. Envio-lhes uma palavra de agradecimento e reconhecimento pelo seu testemunho. Estou próximo deles”, disse, no final da recitação da oração do ‘Regina Caeli’, transmitida desde a biblioteca do Palácio Apostólico.

Na segunda-feira depois da Páscoa, chamada “segunda-feira do anjo”, Francisco destacou a que “todos os planos e defesas dos inimigos e perseguidores de Jesus foram em vão”.

“Das palavras do anjo podemos recolher um ensinamento precioso: não nos cansemos nunca de procurar Cristo ressuscitado, que dá vida em abundância a quem o encontra. Encontrar Cristo significa descobrir a paz no coração”, declarou.

O Papa convidou os católicos a repetir “o Senhor vive”.

“Cristo está vivo, acompanha a minha vida. Cristo está ao meu lado”, apontou.

Neste tempo pascal, desejo que todos tenham a mesma experiência espiritual, acolhendo nos corações, nos lares e nas famílias as boas novas da Páscoa: ‘Cristo ressuscitado já não morre, a morte já não tem poder sobre ele’”.

Francisco falou da reação dos guardas que tinham ficado a vigiar o túmulo de Jesus e não “conseguem enfrentar a força avassaladora de Deus”, sendo “convencidos” com dinheiro a “vender a verdade”.

“O senhor dinheiro, mesmo aqui, na ressurreição de Cristo, é capaz de ter o poder de a negar”, advertiu.

No final da oração, o Papa desejou que todos passem com fé estes dias da oitava da Páscoa, “nos quais se prolonga a memória da ressurreição de Cristo”.

“Acolhei cada ocasião para serdes testemunhas da alegria e da paz do Senhor Ressuscitado. Boa, serena e santa Páscoa a todos”, concluiu.

OC

in agencia.ecclesia.pt

in cleofas.com.br

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Oração específica para o Coronavírus criada pela Igreja

in palavrasqueedificam.com

D. Jorge Ortiga pede aos fiéis que rezem a Deus pelos infetados, pelos investigadores que procuram a cura e por saúde para evitar para que a doença se espalhe
Na nota pastoral em que faz o ponto da situação das celebrações da Páscoa, e na qual, por exemplo, revela que este ano não se irá realizar a habitual visita pascal a casa das populações, o tradicional Compasso, o arcebispo primaz de Braga exorta a comunidade católica a incluir nas orações uma contra o coronavírus.
"Rezemos ao Senhor, que, por mediação da Sua e nossa Mãe, se compadeceu de todos os frágeis e doentes, para que dê alívio e cure todos os infetados, anime os que deles cuidam, ajude os investigadores a encontrar os meios de cura, e a todos nos dê saúde e sensibilidade para o cuidado compassivo dos enfermos e para evitar que a doença se espalhe", escreve D. Jorge Ortiga.
Leia na íntegra a oração sugerida: "Senhor Jesus, Salvador do mundo, esperança que não conhece a desilusão, tem piedade de nós e livra-nos do mal! A Ti imploramos a vitória sobre o flagelo deste vírus que está a alastrar, a cura dos doentes, a proteção dos que estão sãos, o auxílio para quem presta cuidados de saúde. Mostra-nos o Teu Rosto de Misericórdia e salva-nos com o Teu grande amor. Tudo isto te pedimos por intercessão de Maria, Tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha! Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amen!
Leia na íntegra a oração sugerida: "Senhor Jesus, Salvador do mundo, esperança que não conhece a desilusão, tem piedade de nós e livra-nos do mal! A Ti imploramos a vitória sobre o flagelo deste vírus que está a alastrar, a cura dos doentes, a proteção dos que estão sãos, o auxílio para quem presta cuidados de saúde. Mostra-nos o Teu Rosto de Misericórdia e salva-nos com o Teu grande amor. Tudo isto te pedimos por intercessão de Maria, Tua e nossa Mãe, que fielmente nos acompanha! Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos. Amen!" (in jn.pt)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz 2020

Papa Francisco-imagem in vaticannews.va


                   


O modelo de paz do Papa Francisco
Recordamos, através das palavras do Papa, as mensagens para o Dia Mundial da Paz de 2014 a 2020. No dia 1 de janeiro, Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, será celebrado o 53º Dia Mundial da Paz e Francisco presidirá a Santa Missa na Basílica Vaticana 

Amedeo Lomonaco – Cidade do Vaticano

Corações banhados pela fraternidade, vidas libertadas das escravidões, olhares capazes de vencer a indiferença, sementes de não violência para promover a paz. Mas também mãos estendidas para os migrantes e refugiados, passos inspirados pela boa política e caminhos de diálogo e de reconciliação. O olhar que ilumina as mensagens do Papa Francisco para os Dias Mundiais da Paz é dirigido para esses horizontes cheios de esperança. Mesmo entrelaçando com a realidade de uma sociedade deformada por vários vícios, é um olhar sempre ligado à esperança cristã, ao rosto de Jesus. Dos ensinamentos e das exortações do Papa Francisco para a paz, destaca-se também o nítido perfil de um denso magistério.

A primeira mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, em 2014, abre-se com o desejo de formular a “todos, indivíduos e povos”, votos de uma vida repleta de “alegria e esperança”. O documento é baseado na fraternidade, que Francisco enuncia a partir de uma premissa: a fraternidade, que se começa a aprender em família, é “fundamento e caminho para a paz”. Não apenas as pessoas, mas também as nações – explica Francisco recordando a encíclica “Populorum progressio” do Papa Paulo VI – devem se encontrar em “um espírito de fraternidade”. Referindo-se ao magistério de João Paulo II sublinha que a paz É “um bem indivisível”: ou é de todos ou não o é de ninguém”.

“A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor (Papa Francisco, Mensagem para o dia Mundial da paz de 2014)”

Na família de Deus, onde todos são filhos de um mesmo Pai, não há “vidas descaratdas”: a fraternidade, explica o Papa, é também uma “premissa para derrotar a pobreza”. Mas é preciso de “políticas eficazes que promovam o princípio da fraternidade, garantindo às pessoas o acesso aos “capitais”, aos serviços, aos recursos educativos, sanitários e tecnológicos”. Francisco convida também a redescobrir a fraternidade na economia, a pensar novamente nos “modelos de desenvolvimento” e a mudar “os estilos de vida”. Com a fraternidade, prossegue Francisco, “apaga-se a guerra” se cada um reconhece no outro “um irmão a ser cuidado”. Por fim, observa que a fraternidade ajuda também a “guardar e cultivar a natureza".


Na mensagem para o dia Mundial da Paz de 2015 o Papa Francisco se detém nas profundas feridas que atacam a fraternidade e a vida de comunhão. Entre estas, um “fenômeno abominável” o flagelo generalizado da exploração do homem pelo homem. Ainda hoje, recorda o Santo Padre, “milhões de pessoas são privadas da liberdade e constrangidas a viver em condições semelhantes às da escravatura”. O pensamento do Pontífice é dirigido em aprticular aos trabalhadores e trabalhadoras, também menores, “escravizados nos mais diversos setores”, aos migrantes que, ao longo do seu trajecto dramático, padecem a fome, são privados da liberdade, abusados física e sexualmente”.

“Hoje como ontem, na raiz da escravatura, está uma concepção da pessoa humana que admite a possibilidade de a tratar como um objeto. Quando o pecado corrompe o coração do homem e o afasta do seu Criador e dos seus semelhantes, estes deixam de ser sentidos como seres de igual dignidade, como irmãos e irmãs em humanidade, passando a ser vistos como objetos”(Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2015)”

Por fim o Papa exorta a “globalizar a fraternidade”. E lança “um veemente apelo a todos os homens e mulheres de boa vontade e a quantos, mesmo nos mais altos níveis das instituições, são testemunhas, de perto ou de longe, do flagelo da escravidão contemporânea, para que não se tornem cúmplices deste mal, não afastem o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em humanidade, privados de liberdade e dignidade, mas tenham a coragem de tocar a carne sofredora de Cristo”.


2016: vencer a indiferença

A mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz de 2016 é um convite a vencer as várias expressões de indiferença. “A primeira forma de indiferença na sociedade humana – explica o Pontífice – é a indiferença para com Deus”. Da qual deriva também “a indiferença para com o próximo e a criação”. “Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de sentir compaixão pelos outros, pelos seus dramas; não nos interessa ocupar-nos deles, como se aquilo que lhes sucede fosse responsabilidade alheia, que não nos compete”. Em uma sociedade tão dilacerada que assume as feições da inércia e da apatia, a paz é ameaçada “pela indiferença globalizada”.

“Quando investe o nível institucional, a indiferença pelo outro, pela sua dignidade, pelos seus direitos fundamentais e pela sua liberdade, de braço dado com uma cultura orientada para o lucro e o hedonismo, favorece e às vezes justifica ações e políticas que acabam por constituir ameaças à paz. Este comportamento de indiferença pode chegar inclusivamente a justificar algumas políticas económicas deploráveis, precursoras de injustiças, divisões e violências… (Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2016)”

A indiferença pelo ambiente natural, sublinha o Papa, “favorecendo o desflorestamento, a poluição e as catástrofes naturais que desenraízam comunidades inteiras do seu ambiente de vida, constrangendo-as à precariedade e à insegurança, cria novas pobrezas”. Por fim Francisco convida a passa da indiferença à misericórdia através da conversão do coração e a promoção de uma cultura de solidariedade. No espírito do Jubileu da Misericórdia, anunciado pelo Papa Francisco em 13 de Março de 2015 cada um “cada um é chamado a reconhecer como se manifesta a indiferença na sua vida e a adoptar um compromisso concreto que contribua para melhorar a realidade onde vive, a começar pela própria família, a vizinhança ou o ambiente de trabalho”.


2017: não-violência como estilo de uma política pela paz
A 50ª mensagem para o dia Mundial da Paz 2017 é centralizada no tema da não-violência. “Sejam a caridade e a não-violência a guiar o modo como nos tratamos uns aos outros nas relações interpessoais, sociais e internacionais”. O mundo, recorda o Santo Padre, está cada vez mais dilacerado: “Hoje, infelizmente, encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços”.
“Esta violência que se exerce ‘aos pedaços’, de maneiras diferentes e a variados níveis, provoca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; a devastação ambiental. (Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2017)”
A violência, sublinha o Papa, “não é o remédio para o nosso mundo dilacerado”: ser verdadeiros discípulos de Jesus “Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não-violência”. A não-violência praticada com decisão e coerência, recorda Francisco, produziu resultados impressionantes: “Os sucessos alcançados por Mahatma Gandhi e Khan Abdul Ghaffar Khan, na libertação da Índia, e por Martin Luther King Jr. contra a discriminação racial nunca serão esquecidos”. “O próprio Jesus – observa o Papa – nos oferece um ‘manual’ desta estratégia de construção da paz no chamado Sermão da montanha”: as oito Bem-aventuranças (cf. Mateus 5, 3-10) traçam o perfil da pessoa que podemos definir feliz, boa e autêntica”.

Na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2018, Papa Francisco convida a abraçar todos os “que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental”. “Oferecer a requerentes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano uma possibilidade de encontrar aquela paz que andam à procura – escreve Francisco - exige uma estratégia que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar”.
“Acolher faz apelo à exigência de ampliar as possibilidades de entrada legal, de não repelir refugiados e migrantes para lugares onde os aguardam perseguições e violências. Proteger lembra o dever de reconhecer e tutelar a dignidade inviolável daqueles que fogem dum perigo real em busca de asilo e segurança, de impedir a sua exploração. Promover alude ao apoio para o desenvolvimento humano integral de migrantes e refugiados. Integrar significa permitir que refugiados e migrantes participem plenamente na vida da sociedade que os acolhe. (Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2018).”
Observando os migrantes e os refugiados com um olhar contemplativo alimentado pela fé, sublinha por fim o Santo Padre, descobre-se que “não chegam de mãos vazias”. “Trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem”.

2019: a boa política ao serviço da paz
A mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2019 é dedicada ao “desafio da boa política”. “A boa política está ao serviço da paz; respeita e promove os direitos humanos fundamentais, que são igualmente deveres recíprocos, para que se teça um vínculo de confiança e gratidão entre as gerações do presente e as futuras”. Mas na política, acrescenta o Papa, não faltam os vícios, “devidos quer à inépcia pessoal quer às distorções no meio ambiente e nas instituições”.
“Estes vícios, que enfraquecem o ideal duma vida democrática autêntica, são a vergonha da vida pública e colocam em perigo a paz social: a corrupção – nas suas múltiplas formas de apropriação indevida dos bens públicos ou de instrumentalização das pessoas –, a negação do direito, a falta de respeito pelas regras comunitárias, o enriquecimento ilegal, a justificação do poder pela força ou com o pretexto arbitrário da ‘razão de Estado’, a tendência a perpetuar-se no poder, a xenofobia e o racismo, a recusa a cuidar da Terra, a exploração ilimitada dos recursos naturais em razão do lucro imediato, o desprezo daqueles que foram forçados ao exílio. (Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2019)”
“Quando o exercício do poder político visa apenas salvaguardar os interesses de certos indivíduos privilegiados – afirma o Papa - o futuro fica comprometido e os jovens podem ser tentados pela desconfiança, por se verem condenados a permanecer à margem da sociedade, sem possibilidades de participar num projeto para o futuro. Pelo contrário, quando a política se traduz, concretamente, no encorajamento dos talentos juvenis e das vocações que requerem a sua realização, a paz propaga-se nas consciências e nos rostos. Torna-se uma confiança dinâmica, que significa ‘fio-me de ti e creio contigo’ na possibilidade de trabalharmos juntos pelo bem comum”. Por isso, conclui o Papa “a política é a favor da paz, se se expressa no reconhecimento dos carismas e capacidades de cada pessoa”.

2020: paz como caminho de esperança
Na mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2020, Francisco indica a paz como “um bem precioso” e uma meta a ser alcançada apesar dos obstáculos e as provas. “A esperança – escreve o Papa - é a virtude que nos coloca a caminho, dá asas para continuar, mesmo quando os obstáculos parecem intransponíveis”. “A nossa comunidade humana – acrescenta - traz, na memória e na carne, os sinais das guerras e conflitos que têm vindo a suceder-se, com crescente capacidade destruidora, afetando especialmente os mais pobres e frágeis” .
“Abrir e traçar um caminho de paz é um desafio muito complexo, pois os interesses em jogo, nas relações entre pessoas, comunidades e nações, são múltiplos e contraditórios. É preciso, antes de mais nada, fazer apelo à consciência moral e à vontade pessoal e política. Com efeito, a paz alcança-se no mais fundo do coração humano, e a vontade política deve ser incessantemente revigorada para abrir novos processos que reconciliem e unam pessoas e comunidades (Papa Francisco, mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2020)”
O Sínodo recente sobre a Amazônia, recorda o Pontífice, “impele-nos a dirigir, de forma renovada, o apelo em prol duma relação pacífica entre as comunidades e a terra, entre o presente e a memória, entre as experiências e as esperanças”. O Papa convida também a ser artesãos da paz: “O mundo – explica o Papa - não precisa de palavras vazias, mas de testemunhas convictas, artesãos da paz abertos ao diálogo sem exclusões nem manipulações”. “O caminho da reconciliação – sublinha por fim o Papa - requer paciência e confiança. Não se obtém a paz, se não a esperamos”.

encontrei in: https://www.vaticannews.va

domingo, 25 de novembro de 2018

Festa do Cristo-Rei: Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo!

imagem in divinavontade.com


Tendo assistido à missa neste domingo, 25 de novembro, festa do Cristo-Rei, gostava de deixar aqui alguns cânticos que me deixaram muito emocionada, enquanto os ouvia toda embevecida, acompanhados por um belíssimo Coro, na Paróquia da Igreja da Senhora da Conceição, no Porto. 

"Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo"

ENTRADA
Glória, glória ao Senhor
pelos séculos dos séculos, 
glória, glória, glória, glória ao Senhor

SALMO RESPONSARIAL
O Senhor é Rei mum trono de luz
O Senhor é Rei.

APRESENTAÇÃO DAS OFERTAS
COMUNHÃO
O Senhor está sentado como Rei eterno.
O Senhor abençoará o seu povo na paz.

FINAL
Ó Pastor de Israel,
que conduzes
os descendentes de Josué
como um rebanho.
Tu que tens o teu trono
sobre os querubins,
desperta o teu poder
e vem salvar-nos.
Aleluia!




Aleluia! Aleluia! Aleluia!  


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João (Jo 18, 33-37)

33Naquele tempo Pilatos entrou de novo no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: «Tu és rei dos judeus?» 34Respondeu-lhe Jesus: «Tu perguntas isso por ti mesmo, ou porque outros to disseram de mim?» 35Pilatos replicou: «Serei eu, porventura, judeu? A tua gente e os sumos sacerdotes é que te entregaram a mim! Que fizeste?» 36Jesus respondeu: «A minha realeza não é deste mundo; se a minha realeza fosse deste mundo, os meus guardas teriam lutado para que Eu não fosse entregue às autoridades judaicas; portanto, o meu reino não é de cá.» 37Disse-lhe Pilatos: «Logo, Tu és rei!». Respondeu-lhe Jesus: «É como dizes: Eu sou rei! Para isto nasci, para isto vim ao mundo: para dar testemunho da Verdade. Todo aquele que vive da Verdade escuta a minha voz.»