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Para partilhar este post, baseei-me na pesquisa que efetuei.
Encontrei a seguinte explicação para o que escutei na leitura do evangelho de hoje.
Domingo XXI do Tempo Comum – Ano C – 21.08.2022
24
«Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque Eu vos digo que muitos tentarão entrar sem o conseguir.
25
Uma vez que o dono da casa se levante e feche a porta, ficareis fora e batereis, dizendo: ‘Abre-nos, Senhor!’ Mas ele há-de responder-vos: ‘Não sei de onde sois. Lc 13, 24-25
Para refletir e partilhar, considerar os seguintes dados:
Em primeiro lugar, é preciso ter a consciência de que o “Reino” não está condicionado a qualquer lógica de sangue, de etnia, de classe, de ideologia política, de estatuto económico: é uma realidade que Deus oferece gratuitamente a todos; basta que se acolha essa oferta de salvação, se adira a Jesus e se aceite entrar pela “porta estreita”. Tenho consciência de que a comunidade de Jesus é a comunidade onde todos cabem e onde ninguém é excluído e marginalizado?
“Entrar pela porta estreita” significa, na lógica de Jesus, fazer-se pequeno, simples, humilde, servidor, capaz de amar os outros até ao extremo e de fazer da vida um dom. Por outras palavras: significa seguir Jesus no seu exemplo de amor e de entrega. Quando Tiago e João pretenderam reivindicar lugares privilegiados no “Reino”, Jesus apressou-Se a dizer-lhes que era necessário primeiro partilhar o destino de Jesus e fazer da vida um dom (“beber o cálice”) e um serviço (“o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida”). Jesus é, portanto, o modelo de todos os que querem “entrar pela porta estreita”. É o seu exemplo que é proposto a todos os discípulos.
Já constatámos todos que esta “porta estreita” não é, hoje, muito popular. A este propósito, os homens de hoje têm perspetivas bem diferentes de Jesus… A felicidade, a vida plena encontra-se, para muitos dos nossos contemporâneos, no poder, no êxito, na exposição social, nos cinco minutos de fama que a televisão proporciona, no dinheiro (afinal, o novo deus que move o mundo, que manipula as consciências e que define quem tem ou não êxito, quem é ou não feliz). Como nos situamos face a isto? As nossas opções vão mais vezes na linha da “porta larga” do mundo, ou da “porta estreita” de Jesus?
É preciso ter consciência de que o acesso ao “Reino” não é, nunca, uma conquista definitiva, mas algo que Deus nos oferece cada dia e que, cada dia, nós aceitamos ou rejeitamos. Ninguém tem automaticamente garantido, por decreto, o acesso ao “Reino”, de forma que possa, a partir de uma certa altura, ter comportamentos pouco consentâneos com os valores do “Reino”. O acesso à salvação é algo a que se responde – positiva ou negativamente – todos os dias e que nunca é um dado totalmente seguro e adquirido.
Para nós, assumidamente cristãos, onde está a salvação? Jesus dizia que, no banquete do “Reino”, muitos apareceriam a dizer: “comemos e bebemos contigo e tu ensinaste nas nossas praças”; mas receberiam como resposta: “não sei de onde sois; afastai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade”. Este aviso toca de forma especial aqueles que conheceram bem Jesus, que se sentaram com Ele à mesa (da Eucaristia), que escutaram as suas palavras, que fizeram parte do conselho pastoral da paróquia, que foram fiéis guardiães das chaves da igreja ou dos cheques da conta bancária paroquial, que até, se calhar, se sentaram em tronos episcopais ou papais… mas que nunca se preocuparam em entrar pela “porta estreita” do serviço, da simplicidade, do amor, do dom da vida. Esses – Jesus é perfeitamente claro e objetivo – não terão lugar no “Reino”.
in Dehonianos.
https://paroquiavilarandorinho.pt/liturgia-da-palavra/
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