sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Haiti, 12 de janeiro de 2010


"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos."
William Shakespeare

Decidi iniciar a minha actividade neste blog, a partir de um pensamento de Shakespeare, para "trazer a lume" a notícia da catástrofe do Haiti.

Interpretando com alguma profundidade as palavras da reflexão transcrita, não há dúvida de que nos ressentimos muitas vezes com algo que não conseguimos obter e que, "analisado à lupa", não é de interesse vital para a sobrevivência do ser humano, não passando de coisas insignificantes ou até, de meros materialismos.

No entanto, esquecemo-nos de que Deus nos presenteou com algumas dádivas, das quais não tiramos partido e que deveriam servir-nos para contribuir, não só para o nosso bem-estar, mas também para o dos outros. 

É isso: temos de aprender a dar algo de "nós" aos "outros". Sendo o Haiti um país sem lei, de momento com meio milhão de desalojados, tem-se assistido, a partir desta tragédia, a iniciativas por parte de inúmeros sectores da humanidade e concluímos que, muitas vezes, é preciso surgir uma situação extrema para que se realizem acções meritórias... 

Será que essa aprendizagem já começou? É que tem de haver continuidade em cada momento do nosso dia-a-dia, e não só quando algo de muito mau acontece.

Esta recente tragédia haitiana, talvez nos tenha obrigado a interrogarmo-nos se realmente "gozamos pouco o muito que temos", pois nas nossas reflexões sobre o que lá aconteceu, decerto sentimos logo como somos felizes por não estarmos nós a viver aquele drama bem cruel...

De momento, são estas as reflexões que têm assolado o meu espírito...


in: pt.wikipedia.org

1 comentário:

Anónimo disse...

....é certo que sim , mas infelizmente ainda acho que vai ser preciso muito para que nos apercebamos de que realmente não podemos ser tão invejosos e de que haverá sempre alguma coisa da qual podemos prescindir em favor do outro.
Concordo com a Teresa, quando diz que devemos dar algo de nós aos outros , por muito insignificante que seja!
Nos momentos mais tristes, às vezes uma simples palavra basta.
Bem haja!Lígia Sousa