segunda-feira, 28 de novembro de 2011

FADO PORTUGUÊS foi ontém declarado Património Imaterial da Humanidade



Esta distinção é uma grande honra para Portugal e todos nós nos devemos sentir orgulhosos por ela.

No meio desta grande crise, é, sem dúvida, um elo de união entre todos, dando-nos mais força e muita coragem para a ultrapassar.

Ao decidir prestar aqui homenagem a este acontecimento que nos faz ser conhecidos em todo o mundo, que  melhor tributo pode ser mostrado do que as notícias que ele provocou? Ao transcrevê-las, a autenticidade do mérito conseguido pelo nosso FADO é muito mais valioso!

Começo pelo Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade

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O Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, também chamado Património Cultural Intangível da Humanidade é uma distinção criada em 1997 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura para a proteção e o reconhecimento do patrimônio cultural imaterial, abrangendo as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.
A cada dois anos são escolhidos os bens a partir das candidaturas apresentadas pelos países signatários da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. A primeira lista de bens inscritos foi divulgada em 2001, seguida por outras duas, em 2003 e 2005, totalizando 90 bens imateriais inscritos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio_Oral_e_Imaterial_da_Humanidade

Património Imaterial da Humanidade
O fado é de todos
As probabilidades eram fortes e, após uma longa deliberação, foram concretizadas: a UNESCO declarou o Fado Património Imaterial da Humanidade, na manhã deste domingo. A candidatura apresentada pela delegação portuguesa foi aceite em Bali, na Indonésia.
O fado canta a vida e o destino de um povo há cerca de dois séculos, mas agora deixou de ser (oficialmente) só nosso para ser de todos. A diretora do Museu do Fado, Sara Pereira, acredita que desta forma o fado tem "um futuro com maior capacidade de afirmação internacional".
http://musica.sapo.pt/fado/entrada
 

"Fado
Distinção "é de todos" e não só de alguns
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2011 18.29H
Mariza, embaixadora da candidatura do Fado, frisou hoje que a distinção da UNESCO “não é de alguns é de todos, a começar pelos intérpretes, mas passando pelos instrumentistas, poetas, e todos, todos”.
Destak/Lusa
destak@destak.pt
A fadista afirmou-se “muito contente e satisfeita” e disse que com esta distinção “vamos passar a ver o fado com outros olhos”.
“Em vez de estarmos cada um a puxar para os eu lado vamos todos puxar para o mesmo, ficarmos juntos e só assim faz sentido”, disse Mariza que acredita que esta distinção irá unir mais o meio fadista.
O trabalho como embaixadora “valeu mais do que a pena”, e referiu as muitas pessoas que no sábado levou milhares de pessoas a irem até ao Museu do Fado em Alfama, em Lisboa.
“Uma corrente muito positiva”, afirmou a criadora de “Ó gente da minha terra”, que recebeu vários prémios, entre eles, o European Border Breakers Award e o Prémio Amália Internacional.
Mariza salientou à Lusa que apesar do “trabalho desenvolvido nos últimos seis anos, esta candidatura começou em 2004 com Pedro Santa Lopes [então presidente da Câmara de Lisboa]” que a convidou para embaixadora. A criadora de “Cavaleiro monge” referiu ainda o “excelente trabalho, muito importante” de Carlos do Carmo, o de Rui Vieira Nery, de Sara Pereira que “esteve de alma e coração” e “de todos quantos nela colaboraram”.
“Mas antes de ser um Património Imaterial da Humanidade é um património nosso e isto não o podemos esquecer. É de todos nós. De todas as pessoas que o acarinharam”, vincou a fadista.
Nascida em Dezembro de 1973, em Moçambique, Mariza tem pisado os mais prestigiados palcos internacionais, entre eles, o Royal Festival Hall, o Barbican Centre e Royal Albert Hall, em Londres, o Carnegie Hall, em Nova Iorque, o Walt Disney Concert Hall e o Hollywood Bowl, em Los Angeles, a Sala Pleyel e o Olympia, em Paris, a Ópera de Sydney, a Ópera de Frankfurt, Le Carré e o Concertgebouw, em Amesterdão, ou a Ópera de Alexandria.
Em 2005 recebeu o Prémio Amália Rodrigues Internacional. Tinha anteriormente sido distinguida pela imprensa estrangeira em Portugal como Personalidade do Ano e recebido a Medalha de Ouro do Turismo de Portugal.
A candidatura foi lançada em 2004 pelo então presidente da Câmara de Lisboa, Pedro Santana Lopes, que escolheu como embaixadores os fadistas Mariza e Carlos do Carmo.
A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio de 2010 e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 01 de Junho, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.
No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.
Hoje em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, o VI Comité Inter-governamental da UNESCO proclamou o Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade."




O fado “é a única arte urbana que ainda existe na Europa”
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2011 18.20H
O maestro Paul van Nevel que dirigiu o álbum “Tears of Lisbon”, com os fadistas Beatriz da Conceição e António Rocha, afirmou que o Fado “é a única arte urbana que ainda existe na Europa”.
Destak/Lusa
destak@destak.pt
“O Fado é a única arte urbana que ainda existe na Europa, todas as outras perderam-se, enquanto o Fado continua desde o século XIX”, disse o maestro belga que dirige o Huelgas Ensemble que tem explorado o repertório polifónico da Idade Média ao Renascimento.
“O Fado cantado em Lisboa, num pequeno restaurante, entre amigos, esse Fado não mudou, e esta é a verdadeira arte fadista”, enfatizou.
O músico que no próximo ano dirigirá dois concertos em Lisboa com o seu Huelgas Ensemble, afirmou à Lusa que o Fado “é uma arte muito específica de Lisboa, uma música em que se encontra a melancolia e a esperança jamais alcançada pelo ser humano”.
Paul van Nevel defendeu que o Fado “não é uma arte elitista, é do povo mas não uma arte folclórica”
“Estou muito feliz por finalmente se reconhecer e proclamar o Fado como Património da Humanidade”, disse o musicólogo belga.
Paul van Nevel dirigirá dois concertos no próximo ano, em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, “um acerca do charuto, várias canções que louvam a arte do charuto, e um outro que se intitula ‘A la recherche du temps perdu’, que é acerta da evolução da música”, adiantou à Lusa.
O charuto é uma das paixões do maestro de 65 anos, que tem pesquisado músicas relacionadas com esta forma de preparação do tabaco para fumar, tendo editado
O maestro belga recebeu em 1994 o Prémio paris de Honra da Academia Charles Cros. As suas gravações com o Huelgas Ensemble têm recebido vários prémios, entre eles, o Diapasão de Ouro em 1996 e o Prémio MIDEM Música Clássica em 1998.
O álbum “Tears of Lisbon” foi gravado em 1996 e inclui a participação dos músicos Manuel Mendes (guitarra portuguesa) e José António (viola), além dos fadistas Beatriz da Conceição e António Rocha que, entre outros, interpretam poemas de Luís de Camões, Vasco de Lima Couto, José carlos Ary dos Santos, e Joaquim Pimentel, e composições de Paulo Valentim, Max, José Fontes Rocha, Francisco Viana, Fernando Tordo e de autores anónimos do século XVI como “Não tragais borzeguis pretos”.
Hoje em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, o VI Comité Inter-governamental da UNESCO proclamou o Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade.

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