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POEMA - Castelo de Beja
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Castelo de Beja,
No plaino sem fim;
Já morto que eu seja,
Lembra-te de mim!
Castelo de Beja,
De nuvens toucado;
A luz que te beija,
É sol do passado!
Castelo de Beja,
Espiando o inimigo;
Te veja ou não veja,
Sempre estou contigo.
Castelo de Beja,
feito de epopeias;
Um sonho flameja,
Nas tuas ameias.
Castelo de Beja,
Subindo lá vais...
Tu metes inveja
Às águias reais!
Catelo de Beja,
Lembra-te de mim:
Saudade que adeja,
No plaino sem fim...
Mário Beirão
(1890-1965)
O seu nome era Mário Pires Gomes Beirão, nasceu em Beja e ali estudou, completando a instrução primária.
A sua vida mudou quando, com os seus familiares, mudaram a residência para Lisboa, onde, na Universidade, se licenciou em Direito. Florbela Espanca e Américo Durão foram seus colegas.
Em Mafra, exerceu o lugar de Conservador do Registo Civil.
Iniciou a sua obra considerada de grande qualidade literária, aos 21 anos.
Estava ligado à corrente literária saudosista e a sua estreia foi na revista Águia, onde escreveu o poema "Queimadas".
Amigos seus: Almeida Garrett e Teixeira de Pascoaes.
Escreveu e publicou em 1913 "O Último Lusíada". Colaborou na Revista de Turismo de 1916.
"Segundo David Mourão Ferreira, Mário Beirão foi um precursor do Neorrealismo contemporâneo, tendo sido amigo de Fernando Pessoa e de Mário Sá Carneiro"(B.I. da ASSP)
Pesquisa/Resumo adaptado do B.I. (BOLETIM INFORMATIVO nº 228, 2º trimestrre 2023), da ASSP - ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DOS PROFESSORES (com a devida vénia)
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