"A minha vida não daria um livro; em contrapartida, um livro meu daria uma vida - se chata ou interessante, não me compete dizer" (João Aguiar)
João Aguiar era jornalista e escritor. Nasceu em 1943 e morreu a 3 de Junho de 2010, em Lisboa.
Além de romances históricos, escreveu livros de aventuras infanto-juvenis.
Também foi autor de um libreto para ópera e guiões para televisão e cinema.
Segundo Miguel Real, que faz uma leitura crítica da obra literária de João Aguiar na página 18 do Jornal de Letras (número 1036, de 16 a 29 de Junho de 2010), o escritor vai ser lembrado na nossa literatura portuguesa contemporânea como alguém que possuía duas ambições literárias: "1) A de escrever um conjunto de romances históricos que resgatasse e exaltasse o prestígio histórico de Portugal, transmitindo às gerações pós-Império o orgulho de ser português; 2) A de promover uma literatura legível, clara, transparente, estatuída equilibradamente entre a literatura ligeira, consumível e descartável, de mercado, e a literatura de autor, intelectualizada".
Com o sucesso de "A Voz dos Deuses" (romance histórico), em 1984, parece ter-se cumprido uma das suas aspirações atrás citadas (1), o mesmo não se podendo dizer da segunda (2).
É que uma vez que João Aguiar, apesar de escrever de uma forma simples e legível, mais direccionada para uma classe média culta, achava que se devia criar um tipo de literatura que se debruçasse sobre as grandes questões sociais e Miguel Real lamenta que esse desejo não tenha sido cumprido.
Segundo este colunista do JL, a nossa literatura encontra-se fragmentada entre romances ligeiros e romances intelectualizantes.
Referência: fique a conhecer bem a vida e a obra de João Aguiar, através da leitura do Jornal de Letras, número 1036.
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