O Natal é para mim uma época muito importante, não só por simbolisar o nascimento do Menino Jesus, como também pela reunião da família, que continua a ser, sem dúvida, das ocasiões mais especiais que se pode desejar ter.
Antigamente, quando eu era criança, os preparativos eram ligeiramente diferentes: comia-se o bacalhau com as couves, faziam-se as rabanadas, a aletria e o arroz-doce, bem como as filhoses. Punham-se as "lambarices" e os frutos secos, ia-se à Missa do Galo. Era um evento vivido com muita religiosodade.
Os meus pais sempre tiveram o hábito de me ajudar a preparar o meu sapatinho e ir pô-lo na chaminé, para o Pai Natal trazer, durante a noite, os presentes.
Logo de manhã, no dia 25 de Dezembro, eu corria para o sapatinho e lá estavam as prendas que eu tinha pedido em carta, ao Pai Natal. Parece que ainda sinto esse momento mágico, por não compreender bem como é que tudo isso acontecia! Nesse dia, comia-se o peru assado recheado com batatinha e verduras variadas. Para a sobremesa aparecia o ananás, o leite-creme e o Bolo-Rei. Claro que estou a referir os pratos essenciais, pois havia outras pequenas doçarias que se faziam consoante a disposição e a imaginação.
Eram dias marcantes, pois o sentimento de alegria e religião era muito grande, deveras sentido. Até a imagem da Sagrada Família era recebida em nossa casa, percorrendo as casas dos paroquianos.
Hoje em dia, nota-se que é tudo muito diferente, porque as sociedades desenvolveram um consumismo exagerado e as próprias crianças parecem nunca estar satisfeitas com o que os pais ou familiares lhes dão. É um stress enorme! Já nem se espera pelo Dia de Natal para abrir as prendas, é à pressa na noite da consoada. Já quase todos fazemos isso.
Temos de repensar o verdadeiro Natal! Não nos deixemos aliciar pelo espírito consumista e sintamos o verdadeiro Amor, a Paz, a Fraternidade, a Alegria e o Sorriso, em todos nós.
Bom Natal!
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