quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Enrique Morente


Foi noticiada na televisão a morte de Enrique Morente, um dos "mestres mais criativos" e um dos "maiores responsáveis por uma nova leitura do flamenco" (1942-2010). 

O cantor já se encontrava há uns dias em estado de coma, tendo falecido em Madrid, a 14 de dezembro. Foi um grande inovador na história do flamenco, impondo-se com a sua obra "Omega".  

O seu último álbum tem o título de "El Barbero de Picasso" e ainda em setembro, atuara em Lisboa (teatro S. Carlos).

Até há bem pouco tempo continuou a cantar, tendo projectos para se apresentar em palco, mas teve de cancelar os espetáculos: no Auditório Kursaal, em San Sebastian, no Arriaga em Bilbao, no Gayarre em Pamplona, e no Teatro Principal em Vitoria. Era músico e produtor dos discos da sua filha.

Recebeu vários galardões, entre eles a Medalha da Andaluzia, em 2005, e a Medalha de Ouro ao Mérito das Bellas Artes, no ano de 2006.
Pode ler-se no jornal "El País": "a ousadia e a provocação marcaram uma carreira dedicada a estabelecer a fusão do flamenco tradicional com outros géneros musicais possíveis. Junto com Paco de Lucía, era considerado uma das figuras mais emblemáticas de uma música que também pode se identificarcomo uma maneira de viver".

Era marido da bailarina Aurora Carbonell e pai de Estrella Morente (cantora).
Esta, em 2008, actuou  em Lisboa e no último ano fez-se acompanhar de Dulce Pontes, numa digressão por terras de Espanha.


Fonte: Jornal Expresso, de 16.12.10 Maria Luiza Rolim(www.expresso.pt), Agências 17:56 Terça feira, 14 de Dezembro de 2010  





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