sábado, 4 de dezembro de 2010

O optimismo e o pessimismo

                       

Nos últimos tempos, eu, que até me considero optimista, dou comigo a pensar no pessimismo que tem assolado as gentes do nosso país (e não só), devido à "crise".

Não digo que não haja motivos para tal, mas o "bombardeamento constante" dos problemas, emitidos nos meios de comunicação social, também não ajuda, deixando-nos ainda mais deprimidos: por um lado, dão-nos a conhecer a realidade, porque é seu dever fazê-lo, mas por outro, o modo e o número de programas que apresentam para o fundamentar, na minha modesta opinião, é massacrante.

















Eu explico por que é que penso assim: em quase todas as notícias diárias, de há uns tempos a esta parte, a "crise" aparece e justifica tudo ou quase tudo. É confrangedor! Atrevo-me a dizer que, às vezes, "não se vê" crise nenhuma, pois muitos dos locais que visitamos estão quase permanentemente cheios, a abarrotar... Quantos de nós não tivemos já de dar meia-volta e desistir de nos integrarmos nesse grande grupo...muitas das vezes, não por mero passeio, mas por necessidade. 

As pessoas, aparentemente, continuam a fazer o mesmo tipo de vida!  Continuam a invadir os cinemas, os restaurantes, os centros comerciais, a passear e a viajar! Ou será que vamos sempre todos para os mesmos locais? Será que ainda não tomámos plena consciência da crise? Ou será que nos passa completamente ao lado?

Quantas vezes, a seguir a notícias deprimentes, nas televisões, passam programas de convites a viagens até "cá dentro", com sugestões a locais paradisíacos, distintíssimos, caríssimos, cheios de ostentação, apresentando contas astronómicas, como depesa total...!!!

                      


Também tenho de confessar uma grande verdade: há mais "crise" para uns do que para outros...assim como deverei dizer que, para milhares, infelizmente, só há crise nas suas vidas (estes merecem o nosso respeito, atenção e apoio).

Tudo isto para apelar a que enfrentemos a vida com atitude positiva e cultivemos o optimismo!
  

"Um optimista vive na expectativa
de ver os seus sonhos concretizados.
Um pessimista vive na expectativa
de ver os seus pesadelos concretizados." (Laurence Peter)

Penso que há países que vivem com maiores dificuldades do que o nosso, mas a verdade é que, numa sondagem da Gallup International, há uns anos, Portugal se encontrava entre os cinco países mais pessimistas do mundo.

Temos de alterar o nosso modo de pensar e ser mais optimistas; não pensemos só nas dificuldades e calamidades, sejamos mais confiantes (embora sempre realistas), vamos ser crentes no futuro.


Isto suscita em mim outras cogitações: não há dúvida de que, quem é rico ou abastado e tem saúde tem mais predisposição para ser optimista. Mas quantas pessoas conhecemos nós, que vivendo no limiar da pobreza, têm um sorriso nos lábios, são comunicativas  e convivem descontraidamente com os outros? Assim como conhecemos outras, com boas posses e aparentemente sem problemas, que são fechadas, arrogantes, queixando-se de tudo, nunca estando satisfeitas com nada...

Penso que não é a situação económica que faz a pessoa ser optimista ou pessimista. O que conta, é a nossa atitude perante a vida, o modo como enfrentamos as contrariedades que nos surgem. É uma atitude pessoal, da força de vontade de cada um de nós. O pessimista só vê dificuldades em qualquer oportunidade, enquanto que o optimista vê a oportunidade em qualquer dificuldade.

Concluía transcrevendo uma frase célebre do General Eisenhower para os seus homens: "O mundo pertence aos optimistas; os pessimistas são meros espectadores".

Temos mesmo de cultivar o optimismo, agora mais do que nunca!

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