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Acabo de ter conhecimento por notícias dadas na televisão portuguesa, da morte do escritor colombiano e prémio Nobel da Literatura, GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ, a quem os amigos tratavam por GABO. Apresso-me, por isso, a prestar-lhe aqui a homenagem devida.
Morreu em casa nesta quinta-feira, na Cidade do México, com 87 anos, tendo junto de si os seus dois filhos e a sua mulher. Fora internado no princípio do mês num hospital na Cidade do México, devido a uma pneumonia, e depois de ter regressado a casa a 8 de abril, encontrava-se já "num estado de saúde muito frágil e com risco de complicações" segundo palavras dos seus familiares...
E assim partiu uma figura de vulto, um Prémio Nobel da Literatura de 1982, que se encontrava retirado desde 2010!
Há cerca de 2 anos, um irmão
seu, Jaime García Marquez, dava notícias do escritor, comunicando que lhe fora diagnosticada perda de memória e demência...O autor da grande obra "Cem anos de solidão"
não voltaria a escrever. Assim, o seu último livro seria "Memória das minhas putas tristes", um livro de ficção editado em 2004. Dez anos antes publicara "Do amor e outros demónios"!
Visitou Lisboa, no verão de 1975, assistindo de perto ao desenrolar da revolução e, inspirando-se no que viu, escreveu três
reportagens para a revista fundada por si, de nome "Alternativa"!
De entre a sua obra podemos contar com uns 30 títulos entre crónicas, novelas e romances; também encontramos material jornalístico e uma autobiografia, "Vivir para
contarla" ("Viver para contar"), de 2002.
Algumas obras de ficção: "O amor em
tempos de cólera", "Notícia de um sequestro", "O outono do patriarca",
"Ninguém escreve ao coronel".
García Marquez foi também distinguido com outros prémios, entre eles o Romulo Gallegos, o Neustadt de Literatura e o Nobel.
Ao receber o Nobel de Literatura, em
1982, em Estocolmo, discursou sobre "A solidão da América Latina", e este tornou-se um texto de referência de toda a sua vasta obra literária.
"O escritor era apontado como um dos
expoentes da denominada corrente literária "Realismo Mágico", de que o
seu livro "Cem anos de Solidão" é paradigma." Jornal de Notícias, 17.04.2014
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