Nave, arco-cruzeiro e capela-mor da Igreja de São Francisco da Penitência. |
1ª versão:
"[Pergunta | Resposta]
«Ouro sobre azul»
[Pergunta] Gostaria de conhecer a origem da expressão «ouro sobre azul».
(...)
[Resposta] Numa distribuição circular das cores verificamos que o amarelo se opõe ao azul assim como o vermelho se opõe ao verde. Por esse facto, o contraste entre o azul e o amarelo bem como o contraste entre o vermelho e o verde são os mais bem definidos. Como o ouro brilha, o contraste é ainda mais impressionante. Esta combinação era muito frequente no vestuário das rainhas e até dos reis desde o Renascimento aos finais do século XVIII.
A. Tavares Louro :: 26/01/2005
in: http://www.ciberduvidas.com/"
2ª versão:
«Ouro sobre azul»
Significado: Coisa muito linda ou muito boa, maravilhosa, magnífica. Circunstância especialmente favorável, boa oportunidade.
Origem: Ouro sobre Azul é uma expressão antiga que começou por ser utilizada nas espingardarias. Deve-se ao facto das armas apresentarem uma tonalidade azul resultante do aço temperado e das inscrições a ouro colocadas sobre as mesmas.
in http://orxeira-euportugues.blogspot.pt/
in http://orxeira-euportugues.blogspot.pt/
3ª versão:
«Ouro sobre azul» | |
1. | figurado - coisa ótima, coisa que combina perfeitamente com outra |
2. | ótima oportunidade |
in infopedia.pt
4ª versão:
"...(...) a arte barroca caracterizou-se pelo exagero, pelas formas complexas e floreadas. As esculturas eram dramáticas, expressivas, com diversos detalhes. A pintura enchia-se de personagens desenhados realisticamente e cores fortes. A música de coros e órgãos, e a escrita de entrecruzamentos de adjetivos e metáforas que a tornavam difícil de acompanhar. Também importante é ter em conta uma das grandes características da escultura barroca: a talha dourada.
A talha era formada por um substrato de madeira, onde a escultura era, de facto, feita. Por cima colocavam-se camadas de argila e cola feita à base de gordura de coelho, que serviam para preencher lacunas e permitir a colocação de uma finíssima folha de ouro, que dava a estas esculturas o seu magnífico brilho.
Assim sendo, vejamos o impacto que tinha estruturação nas mentes das pessoas que se pretendia cativar. Imagine-se como um humilde lavrador que chega à igreja, e, assim que entra, dá de caras com as sumptuosas paredes, repletas de esculturas, flores, caras, trepadeiras, pássaros, e santos, tudo em dourado, resplandecendo com o brilho das velas, projetando sombras nas curvaturas das estatuetas. Por entre as esculturas havia pinturas, histórias de santos, de padroeiros e outros personagens, contadas em telas que se espalhavam em redor. Das paredes saíam enormes cortinados vermelhos, e no chão também haveria tapetes vermelhos. Era um crescendo de complexidade que tinha como objetivo erguer os seus olhos para o alto. O único ponto de fuga era o altar, onde estava a cruz, enfeitada com um Cristo em sofrimento, normalmente colocada junto de uma clarabóia que iluminava este ponto como se fosse a própria porta para o Paraíso.
Isto impressionava as pessoas, espantava-as, e fazia-as cair de joelhos. Era imenso dinheiro gasto em propaganda cara para impressionar e cativar. Só a título de curiosidade será interessante acrescentar que o Barroco português era ainda caracterizado pelos azulejos azuis que preenchiam os espaços sob a talha, junto ao chão, e que são a origem da expressão “ouro sobre azul”. ...(...)
O importante a reter desta realidade é a importância que as instituições de poder dão à propaganda, e como técnicas de espanto e demonstração de riqueza são usadas para mover as massas. Isto ainda hoje é real. A propaganda está presente na arte e no dia-a-dia, e as tentativas de grupos de poder de nos cativar são constantes."
in http://www.maisopiniao.com/
Gostaria de apresentar ainda uma última versão, que ouvi casualmente num programa de rádio (lamento não ter conseguido tomar nota do nome do programa), a propósito da palavra azulejo, (az-zuleij, palavra árabe e origem de azulejo) tendo sido referido que o Palácio da Vila de Sintra foi o 1º a ser revestido com azulejos em 1498, quando D. Manuel I visitou Sevilha. A expressão ouro sobre azul terá origem na talha dourada que existe sobre o azul dos azulejos portugueses nas igrejas barrocas.
Talha dourada barroca no interior da Igreja de São Francisco de Salvador (primeira metade do século XVIII). |
1 comentário:
Haverão certamente versões desconhecidas. Encontrei esta publicação. https://www.ancient-origins.net/ancient-technology/egyptian-blue-001745
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