meioambiente.culturamix.com |
Li há dias na Revista Sábado (nº 566, de 5 de março de 2015), uma minientrevista feita pela jornalista Ana Catarina André a uma investigadora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Sandra Balão, sobre o tema "O degelo traz oportunidades", e por achar que tem informações importantes e interessantes, gostaria de partilhá-la aqui.
"P - Como explica a renovada importância geoestratégica do Árctico?
R - É uma bacia oceânica onde se estima que existam reservas de recursos vitais. Por causa das alterações climáticas, a região tenderá a tornar-se menos inóspita, o que facilitará a circulação de pessoas e bens. Assim, é expectável que actividades como o turismo e a pesca sofram um impulso.
Há que ter em conta também novas rotas polares : aéreas, ferroviárias e marítimas.
Há que ter em conta também novas rotas polares : aéreas, ferroviárias e marítimas.
P - Diz que o degelo pode ser vantajoso para Portugal. De que forma?
R - A posição geográfica de Portugal é uma mais valia. Caso as rotas árcticas se afirmem, Portugal pode ser confrontado com desafios que exigirão o reforço da segurança marítima e aérea (nomeadamente nos Açores), da capacidade de resposta turística e de carga (portos e indústria associada) e da investigação e do desenvolvimento. A Base das Lajes, por exemplo, pode ter um duplo uso: civil e militar. Tudo isto equaciona um importante impulso para a economia. O degelo traz oportunidades.
P - Quando sentiremos estes efeitos?
R - O benefício dos mesmos vai depender, sobretudo, do Estado. Equacionaremos o degelo como uma nova Aljubarrota ou Ceuta?"
www.vocesabia.net |
Sem comentários:
Enviar um comentário