Fui professora de línguas do segundo e terceiro ciclos durante muitos anos e aposentei-me em 2009. Sempre me lembro (à exceção dos dois ou três últimos anos antes disso) de, no ato da matrícula, os encarregados de educação assentirem ou fazerem questão de pôr a "cruzinha" no quadrado do impresso para concretizarem a inscrição do seu educando na disciplina de Religião e Moral (EMRC - Educação Moral e Religiosa Católica). Talvez fossem outros tempos!
Quando algum menino ou menina "torcia o nariz" perante o pai ou a mãe, reclamando que não queria frequentar a referida disciplina, logo os diretores de turma e professores que se encontravam a rececionar as famílias durante as matrículas, as alertavam para o facto de, nessa hora em que a disciplina semanal seria lecionada, o seu educando ou educanda iria estar "um pouco à solta" pelos recreios da escola, uma vez que, não ficando inscrito, nem tiraria partido da disciplina, que até contemplava conteúdos interessantes, nem estaria com a professora e os colegas dentro da sala de aula... E os pais, sensíveis a esses "contras" não hesitavam em preferir que os filhos estivessem integrados no grupo.
Será que compensa frequentar a escola e ter os chamados "furos"? Será que uma hora semanal da referida disciplina ocupada a mostrar a realidade com que os jovens se deparam hoje em dia, ajudando-os a "crescer" e a defenderem-se de situações "menos boas", com a ajuda de debates abertos e apresentação de filmes temáticos, pode ser considerada matéria que não interessa?
Pessoalmente, sempre pensei que mal não lhes deve fazer... Mas é só uma opinião, claro... Concordo que teremos sempre de respeitar o direito à escolha da religião; e a opção de frequentar EMRC também pertence a cada um; como as aulas contemplam a formação geral e moral do indivíduo, o seu comportamento em sociedade, a paz, a alegria, o amor e a amizade, o respeito e a solidaridade pelo outro, acho que não faz mal a ninguém ouvir isto...
Será que compensa frequentar a escola e ter os chamados "furos"? Será que uma hora semanal da referida disciplina ocupada a mostrar a realidade com que os jovens se deparam hoje em dia, ajudando-os a "crescer" e a defenderem-se de situações "menos boas", com a ajuda de debates abertos e apresentação de filmes temáticos, pode ser considerada matéria que não interessa?
Pessoalmente, sempre pensei que mal não lhes deve fazer... Mas é só uma opinião, claro... Concordo que teremos sempre de respeitar o direito à escolha da religião; e a opção de frequentar EMRC também pertence a cada um; como as aulas contemplam a formação geral e moral do indivíduo, o seu comportamento em sociedade, a paz, a alegria, o amor e a amizade, o respeito e a solidaridade pelo outro, acho que não faz mal a ninguém ouvir isto...
Com o passar destes últimos anos, infelizmente, temos constatado que muitos jovens não se querem inscrever a EMRC, conseguindo, muitas vezes, convencer os pais da sua decisão... E será que já têm maturidade para decidir sozinhos?Antes de decidirem, por que não informarem-se primeiro sobre os conteúdos programáticos?
Esta disciplina curricular está presente do 1º ao 12º ano e é de muito interesse na formação moral dos alunos, ajudando-os a descobrir e a refletir sobre os valores e o sentido da vida. A sua educação fica mais completa com a frequência destas matérias. Eles saberão assimilar tudo o que lhes transmitirem na sala de aula - assim eles estejam atentos e recetivos! Esses jovens irão, decerto, povoar uma sociedade que se quer o mais fraterna possível...
Para já, vamos assistindo ao drama de muitos professores que lecionavam esta disciplina tão importante e que por falta de inscrição de alunos (e também da progressiva baixa da natalidade, sim, é uma realidade!), se encontram no desemprego há já vários anos, sem qualquer hipótese de voltarem a fazer aquilo de que mais gostavam - ser professores de Religião e Moral...!
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