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"Nasceu em 1942 e foi mais do que uma estrela do pugilismo. Voou como uma borboleta e ferrou como uma abelha muitas vezes, muitas mais, depois de dizer estas palavras a Sonny Liston antes de o derrotar em 1964.
Gritou então “eu abanei o mundo”. E abanou mesmo: a história de Cassius Clay, mais tarde convertido ao islamismo com o nome de Muhammad Ali não foi só a de um nome indelével da história do desporto, foi a de um ícone cultural.
Mas a abanar o mundo de Ali desde 1984 esteve a doença de Parkinson. Manteve a coragem, sem se eximir aos olhos de um público habituado a vê-lo erguer os punhos para celebrar vitórias.
No ano em que foi diagnosticado declarou: “As pessoas dizem que falo devagar. Não é de admirar. Calculo que deva ter levado cerca de 29 mil socos. Ganhei 57 milhões de dólares e poupei metade.Sabem quantos homens negros são mortos todos os anos por pistolas e facas sem terem um tostão? Posso falar devagar, mas a minha cabeça está OK.”
E foi a cabeça que o fez dizer também: “Um homem que não é corajoso o suficiente para correr riscos nunca vai conseguir nada na vida.”"
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http://pt.euronews.com/2016/06/04/morre-aos-74-anos-o-pugilista-muhammad-ali/
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