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O título deste post é deveras preocupante e vem juntar-se aos receios que os portugueses já sentiram com o que se passou em Tancos.
Aqui transcrevo uma das notícias que li sobre este assunto:
A segurança do material de guerra nos paióis das Forças Armadas volta a ser posta em causa mais de um ano após o escândalo do furto de Tancos, quando o processo de entrega e receção de munições na Escola de Fuzileiros não deteta a falta de uma caixa com 1000 munições de 9 mm.
"Isto tem o mesmo efeito de Tancos", admite uma fonte ouvida pelo DN sob anonimato, aludindo ao sentimento de insegurança que a falta de controlo do material de guerra por parte dos próprios militares gera junto dos cidadãos.
A falta da caixa de munições só foi descoberta esta quinta-feira, depois de o Ministério da Defesa ter recebido o alerta da PSP - a quem um civil a entregou após recolher na estrada - e ter identificado o material como pertencendo aos fuzileiros.
O que se sabe é que os responsáveis pelo transporte do material entre a base naval de Lisboa - no Alfeite, onde foi retirado dos contentores selados embarcados na Lituânia - e a Escola de Fuzileiros em Vale de Zebro (Barreiro) não deram pela falta da caixa no momento da sua entrega.
Por outro lado, quem recebeu o material nos paióis da Escola também não se apercebeu da falta da referida caixa, ficando por perceber como é que voltaram a falhar as medidas de controlo e gestão de armas e explosivos nos paióis após o reforço supostamente draconiano que lhes foi dado em todas as unidades na sequência do furto de Tancos, em junho de 2017.
A criação de um "normativo único para o manuseamento e transporte de material militar sensível", no prazo de dois meses, foi precisamente uma das medidas determinadas pelo ministro da Defesa em setembro de 2017.
Esse conjunto de orientações teve por base nos relatórios dos três ramos das Forças Armadas e da auditoria feita pela Inspeção-Geral da Defesa Nacional (IGDN), após o furto de material militar dos paióis de Tancos e que motivou uma reunião de alto nível em São Bento entre o primeiro-ministro, o ministro da Defesa e os chefes militares.
Outra medida foi a de criar um sistema de informação comum para controlo efetivo de material militar sensível, através do Centro de Dados da Defesa Nacional e em coordenação com a Marinha, o Exército e a Força Aérea. Com um prazo de implementação de seis meses, poderá ter sido através deste sistema que se identificou a caixa perdida como pertencendo aos fuzileiros.
in dn.pt 27 set 2018, por Manuel Carlos Freire
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