Na mitologia grega, a coruja era a mascote da deusa Atena*.
As corujas são aves nocturnas, por não conseguirem suportar a luz solar.
Devido à fraca luminosidade do luar, os seus olhos conseguem localizar as presas - característica com que a natureza as presenteou.
Ora, para os antigos gregos, esse olhar das corujas tornou-as no símbolo do conhecimento intuitivo. Como o primeiro tipo de conhecimento vem da reflexão racional sobre os factos, enquanto a intuição surge da percepção simples e imediata das coisas, como elas se orientam pela reflexão da luz solar na lua, e não pela percepção directa da luz solar, os gregos associaram-nas ao conhecimento, fruto da reflexão e da sabedoria.
*Atena: era a deusa grega da sabedoria e das artes. Para os romanos a correspondente era Minerva. Era fruto da união dos deuses, Zeus e Métis.
Era uma deusa linda, protectora da cidade de Atenas, guerreira e virgem.
Para Zeus, seu pai, Atena era a filha favorita. A verdade é que quando Métis engravidou, Zeus engoliu-a, com receio que a filha viesse a ter mais poderes do que ele, destronando-o.
Conseguiu convencer a sua mulher a "entrar numa brincadeira" de cariz divino, em que cada um se transformaria num animal; Métis nem pensou nas consequências, e, ao aceitar o desafio, acabou transformada numa mosca que Zeus logo engoliu, ficando Métis alojada na cabeça dele.
Os anos foram passando e Zeus, a dada altura, teve uma "forte dor de cabeça"; sentindo com isso um grande incómodo, pediu a Hefesto que lhe desse uma forte pancada com um machado.
Aí, Atena, que já se encontrava no estado adulto, saltou do cérebro do pai, "já com armadura, elmo e escudo".
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