O JL destaca "Novos Romances, escritas novas", na sua edição de 8 a 21 de Setembro (do número 1042), citando desde logo, na capa do jornal, o início da rentrée com três escritores: Miguel Real, José Eduardo AguaLusa e José Luís Peixoto.
Num artigo da página 7, o JL refere que a rentrée literária é agora assinalada no jornal, de forma diferente da do habitual, escolhendo três autores/três livros, com a particularidade de anteciparem excertos: "As Memórias Secretas da Rainha D. Amélia", de Miguel Real, "Livro", de José Luís Peixoto e "Milagrário Pessoal", de José Eduardo Agualusa.
Já José Carlos de Vasconcelos no seu Editorial (página 3), refere que o JL sempre assinalou a "rentrée literária" de várias formas, mas que agora o faz de modo diferente do que fazia tradicionalmente.
Explica :"De facto foi sendo abandonada a ideia de que o verão, a partir de meados de julho e até pelo menos até meados de setembro, era uma péssima época para lançar livros ou apresentar novos espetáculos. Segundo tal ideia, esse seria um tempo em que o país mais ou menos "fechava" para férias, as pessoas iam para a praia, para o campo ou para a estranja e queriam era sol, sopas e descanso - de par com umas pitadas, maiores ou menores, de outras coisas que nada tinham a ver com "cultura" (e esta palavra, dita assim, quase assusta...).
Ora, em sede de leitura, ou de certa(s) leitura(s), incluindo a da imprensa de qualidade, há dados concretos que mostram ser em agosto, o mês em que há um maior número de pessoas a fazer férias, que mais se lê.
...(...)...(...)...
Acresce que além das férias poderem agora ser, e serem, mais repartidas, as escolares e judiciais, sobretudo as escolares, já não abrangem agosto e setembro, como durante largos anos aconteceu: as aulas começam cada vez mais cedo - (...)...(...) Resultado, hoje em finais de julho ainda estão a ser lançados títulos de impacto e no fim de agosto ou princípio de setembro já estamos na rentrée. Basta lembrar que ainda em agosto foi posto à venda o novo romance, que na nossa edição anterior antecipámos, de uma das mais firmes revelações dos últimos anos, a que desde a sua estreia demos aqui o devido destaque: João Tordo, o último galardoado, em 2009, com o bienal prémio José Saramago" ...(...)
...(...) Assim, bem se pode dizer que, embora com um "calendário diferente", o ano editorial está a começar muito bem. E o JL, já agora, se nos permitem a sinceridade, também: como sempre procurando cumprir o melhor possível a sua função/missão neste domínio - como continuará a fazer nos próximos números".
Sem comentários:
Enviar um comentário