O primeiro-ministro Passos Coelho declarou a Bruxelas que, se as condições de empréstimo a Espanha forem mais vantajosas, desejará que o mesmo se aplique a Portugal.
Amadeu Altafaj, lembra que o Eurogrupo decidiu que Espanha terá um programa centrado no setor financeiro, "com condições estritas, rigorosas mas apenas para o setor financeiro. ...(...) Espanha não está debaixo de um programa de resgate que proteja completamente todos os seus setores».
Lembra que o nosso Governo, a 21 de junho, poderá expressar as suas ideias na reunião do Eurogrupo, onde se discutirão as condições para a ajuda a Espanha.
Altafaj refere ainda que a situação, quer na Grécia, quer em Portugal ou ainda na Irlanda, são «muito diferentes» da de Espanha. Explicou numa entrevista à RTVE, no caso destes países poderem pretender renegociar as suas condições, que "«Na Irlanda o setor financeiro foi nacionalizado e essa nacionalização chegou a exacerbar o défice até aos 32%» (...) «no caso de Grécia e Portugal, os casos eram mais graves, especialmente no âmbito macroeconómico».
Em relação aos juros que Espanha terá de pagar à Europa, segundo Altafaj, serão tratados de maneira a que não prejudiquem o défice orçamental: «Os empréstimos da União Europeia têm um tratamento especial na contabilidade do défice orçamental e cabe ao Eurostat decidir como é que os juros pagos serão contabilizados».
"O comissário Olli Rehn explicou porque é que a auda a Espanha só exige medidas bancárias: porque as outras já estão nas recomendações de Bruxelas ao país vizinho."
Se Bruxelas não impuser medidas de austeridade a Espanha, devido ao empréstimo, poderá o governo espanhol ter de o fazer, para abrandar a dívida.
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