Referência: Notícias ao Minuto, quarta, 23.01.2013
"Dívida
Portugal regressa hoje aos mercados dois anos depois
Portugal vai emitir esta quarta-feira
títulos de dívida de longo prazo, pela primeira vez em quase dois anos,
desde Fevereiro de 2011. Os especialistas dizem que é uma boa notícia
para o Estado e também para as empresas.
DR
ECONOMIA
Portugal regressa hoje ao mercado de dívida de longo
prazo pela primeira vez desde Fevereiro de 2012, com uma emissão de
obrigações a cinco anos, num montante de dois mil milhões de euros, que
está a ser preparada por quatro bancos internacionais: o britânico
Barclays, o norte-americano Morgan Stanley, o alemão Deutsche Bank e o
português BESI. De acordo com as actuais taxas de mercado, as obrigações
a 5 anos devem ter um juro um pouco abaixo dos 5%."
"O Estado português antecipa assim em seis meses o seu regresso de dívida aos mercados, agendado para Setembro. Trata-se de uma operação que dá um primeiro sinal de que Portugal está mais perto do financiamento autónomo nos mercados e os analistas ouvidos pelo Jornal de Negócios dizem que “é o momento certo para avançar”.
“Assumindo que a colocação correrá como esperamos, são excelentes
notícias, que colocam Portugal mais perto de poder beneficiar do plano
de intervenção do BCE”, comentou Luca Jellinek, do Crédit Agricole, ao
Negócios. Note-se que, se Portugal vier a beneficiar do programa de
ajuda do BCE isso poderá contribuir para que o Estado e as empresas
gozem de um acesso mais sustentável ao mercado.
De acordo com o Jornal de Negócios, com o regresso de hoje aos
mercados de dívida de longo prazo, Portugal vai garantir, desde já,
metade das necessidades de financiamento de 2014, um factor que,
combinado com o adiamento das amortizações dos empréstimos europeus em
2015 e 2016, coloca o País numa posição mais favorável para recuperar o
acesso autónomo e sustentável aos mercados internacionais de dívida.
Além disso, o regresso do Estado português ao mercado também abre a
porta para que mais empresas portuguesas se consigam financiar nos
mercados com custos mais baixos, isto depois de empresas como a EDP ou o
BES terem já emitido dívida de longo prazo.
Com o Estado português a reganhar o acesso aos mercados, bancos e
empresas nacionais poderão beneficiar também de condições menos
restritivas para se financiarem."
Sem comentários:
Enviar um comentário