Austeridade Gaspar torna-se rebelde em Bruxelas
O ministro das Finanças Vítor Gaspar estava irreconhecível, na terça-feira, em Bruxelas. Revelando uma nova faceta, o governante mostrou-se não como o aluno sentado na primeira fila da sala de aula da troika, mas como um membro do Executivo preocupado com o impacto da austeridade na economia, escreve o jornal i.
Apesar de satisfeito com a operação de emissão de dívida portuguesa, ontem, o ministro das Finanças admitiu que o desemprego é realmente um problema irresolúvel, a não ser que se avance com um programa de políticas activas de emprego.
O governante português defendeu também que “a fragmentação financeira que existe actualmente exacerba o custo associado ao ajustamento e funciona como um choque de competitividade negativo para o país sob ajuda externa”.
Para Gaspar, “a União Europeia tem de respeitar” o que o ministro considera ser um princípio: “Permitir aos Estados que assegurem ao seus cidadãos os direitos sociais que estes exigem."
Mais surpreendentes ainda foram as ‘alfinetadas’ que Gaspar lançou, no seu discurso, ao seu homologo alemão.
O ministro das Finanças lembrou ao seu ‘amigo’ Schäuble que também ele tem de lidar com o incómodo Tribunal Constitucional, alertando o alemão para o facto de não estar a salvo de problemas com credores, semelhantes aos dos portugueses.
Sem comentários:
Enviar um comentário