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Dia de luto e toque dos defuntos por D. José Policarpo
Natália Faria
14/03/2014 - 08:53 http://www.publico.pt/
Funeral do Patriarca emérito realiza-se nesta sexta-feira.
D. José Policarpo tinha 78 anos
Esta sexta-feira, Portugal cumpre um dia de luto nacional pela morte de D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa, vitimado anteontem por um aneurisma na aorta. O cardeal morreu durante a intervenção cirúrgica a que fora submetido de emergência, num hospital de Lisboa, onde chegou de ambulância de Fátima, onde cumpria o seu retiro anual com os bispos portugueses.
A missa exequial realiza-se hoje na Sé Catedral de Lisboa, a partir das 16h, e José da Cruz Policarpo será depois sepultado no Panteão dos Patriarcas, em S. Vicente de Fora. Ontem, as cerimónias fúnebres do cardeal fizeram encher a catedral de Lisboa, por onde passaram várias figuras da Igreja e representantes do Estado. O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sublinhou a “personalidade de excepção” do patriarca, cuja figura “ultrapassou as fronteiras portuguesas”. O actual provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Santana Lopes, preferiu enfatizar a “inteligência sereníssima” e a “lucidez com que sempre abraçou as grandes causas”. Já o ex-Presidente da República Ramalho Eanes destacou o “importante trabalho” de D. Policarpo na Igreja Católica e no país.
A partir do Vaticano, o Papa Francisco evocou D. José Policarpo como um “pastor apaixonado pela busca da verdade” e, num texto endereçado ao actual patriarca, D. Manuel Clemente, aliou-se à família do defunto e “a todos quantos choram a sua morte inesperada”.
Com 78 anos, José da Cruz Policarpo nasceu em Alvorninhas, nas Caldas da Rainha, no dia 26 de Fevereiro de 1936. Padre desde 1961, foi ordenado bispo em 1978. Em 1998, torna-se o 16.º patriarca de Lisboa, sucedendo a D. António Ribeiro, de quem era coadjutor. Foi, segundo o cónego e jornalista António Rego, um “proclamador” do Concílio Vaticano II. A actual reitora da Universidade Católica Portuguesa (UCP), Maria da Glória Garcia, que foi convidada por Policarpo a discursar sobre os seus 50 anos de sacerdócio, assinalados em 2011, e que o PÚBLICO desafiou também a recordar o cardeal (ver texto ao lado), escreveu a propósito da sua morte: “Ser professor era tocar o futuro e ele tocava o futuro através dos seus alunos. Fê-lo aqui, na nossa universidade”.
Reitor da UCP entre 1988 e 1996, soube “ler os sinais dos tempos”. como destacou D. Manuel Clemente, elogiando-lhe a “grande bondade com que acompanhou o clero e os fiéis”. Esta tarde, por volta das 16h, os templos de Lisboa deverão fazer soar o toque de defuntos, como pediu o patriarca D. Manuel Clemente, numa mensagem enviada na quinta-feira ao clero.
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