Daniel Pires, Presidente do Centro de Estudos Bocageanos, é especialista na vida e obra de Bocage.
Numa entrevista a Cátia Andrea Costa, da Revista Sábado (nº 593, de 10 a 16 de setembro de 2015), diz abertamente que há um "extenso anedotário" que é atribuído ao poeta português, mas que nada disso corresponde à realidade! O facto também tem sido "aproveitado" por editores para conseguirem mais leitores e compradores das obras deste autor.
Manuel Maria de Barbosa L'Hedoi du Bocage desertou para Macau em 1789. Aqui, a palavra"bocagem" significava "anedota" e assim poderá ter nascido o mito de associar Bocage às anedotas...
Nasceu em Setúbal a 15 de setembro de 1765. Quando tinha 6 anos, o seu pai foi preso e aos 10 ficou órfão de mãe! Aos 14 anos era cadete no Regimento de Infantaria nº 7, na sua terra natal.
Em 1779 foi para Lisboa estudar latim, francês e as mitologias latina e grega. E é aqui que Daniel Pires refere na sua entrevista que esta é uma das facetas desconhecidas de Bocage: "...(...)...traduziu textos clássicos, latinos, de autores como Virgílio e Ovídio, e escritores franceses como Voltaire e La Fontaine.
Também escreveu poemas - muitos deles desconhecidos - para serem musicados e teve breves incursões no teatro, com as peças Atílio Régulo e A Virtude Laureada".
Levou uma vida de boémio em Lisboa, e frequentava assiduamente o Café Nicola, onde entrava em tertúlias.
A sua poesia lírica tornou-o famoso em todo o mundo!
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