Os professores não aceitam ficar de fora em relação aos outros funcionários
públicos, pois a estes vai ser contado todo o seu tempo de serviço para efeito
de evolução na carreira. Sempre são nove anos, quatro meses e dois dias de
tempo de serviço que os professores não querem, não podem e não devem
perder (entre agosto de 2005 e dezembro de 2007 e entre 2011 e 2017)!
Os professores também são funcionários públicos!
Os professores também são funcionários públicos!
Muito se tem ouvido e lido sobre isto, mas é sempre bom ouvir-se mais uma
opinião, agora a de Paulo Baldaia, no DN a 15 de novembro de 2017.
opinião, agora a de Paulo Baldaia, no DN a 15 de novembro de 2017.
(Paulo Baldaia) in: dn.pt |
"O berbicacho da geringonça
A geringonça meteu-se definitivamente num grande berbicacho.
Os argumentos para o governo seguir por este caminho podem ser jurídicos,
mas é evidente que o orçamento não comporta a reivindicação dos professores.
A vida vai ficar muito difícil para o governo socialista, já que o cidadão comum
terá dificuldade em perceber esta discriminação, por mais ou menos empatia
que tenha com esta luta dos professores, e quem de todo não a vai aceitar são
os professores. Adivinha-se luta dura e prolongada na rua.
Acresce que esta é uma luta que já conseguiu unir UGT e CGTP e que vai
deixar os socialistas sozinhos no Parlamento.
Na verdade, já há uma discriminação que favorece os professores.
Em regra, eles progridem de quatro em quatro anos, enquanto a progressão
na maioria das carreiras se faz de dez em dez.
Justo poderá ter de ser os professores cederem nalguma coisa, injusto é
diferenciá-los negativamente com o argumento de que eles têm uma carreira
mais favorável. Impossível é pensar que o governo pode ganhar este
braço-de-ferro.
Depois da reposição de rendimentos, a geringonça julgou possível fazer um
caminho tranquilo em direção aos aumentos reais na função pública, que se
sentiriam em força em ano de eleições. Pois que não é possível agradar a
gregos e a troianos, ou bem que se manifestam orgulhosos por cumprir as
regras orçamentais de Bruxelas ou bem que cedem a todas as reivindicações.
Para Mário Centeno, que zela pelas boas contas do país, não pode haver aqui
nenhuma surpresa, mas pode contar que a vida lhe vai ficar mais difícil na
relação com o PS. Os militantes não gostam nada de ser o bombo da festa e
é a ele que vão apontar as baterias."
Teremos de continuar a seguir as notícias atentamente, pois parece-me que
ainda vai correr muita tinta sobre este assunto!
Conclusão: a geringonça tem mesmo um grande berbicacho pela frente!
Teremos de continuar a seguir as notícias atentamente, pois parece-me que
ainda vai correr muita tinta sobre este assunto!
Conclusão: a geringonça tem mesmo um grande berbicacho pela frente!
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