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Neste dia especial em que se comemora o Dia Mundial do Livro,
vamos ler a mensagem de Audrey Azoulay:
"A comemoração do Dia Mundial do Livro é a celebração
"das liberdades que os tornam possíveis", escreve a
diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, na mensagem
sobre a data, que é assinalada na segunda-feira. O Dia Mundial
do Livro e dos Direitos de Autor está inscrito no calendário anual da organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura (UNESCO) a 23 de abril, data em que se cruza a morte
de Shakespeare, Cervantes e Garcilaso de la Vega, em 1616, e o
nascimento de autores como Vladimir Nabokov e George Steiner.
"Quando celebramos livros, celebramos atividades - escrever,
ler, traduzir, publicar - que contribuem para a realização humana.
E celebramos, fundamentalmente, as liberdades que os tornam
possíveis", como "a liberdade de expressão e a liberdade de
publicar", e "essas são liberdades frágeis", alerta Audrey
Azoulay, na sua primeira mensagem para o Dia Mundial do Livro.
São "liberdades negadas", hoje em dia, "quando escolas são
atacadas e manuscritos e livros são destruídos", são liberdades
postas em causa, "perante os muitos riscos" a que estão sujeitos os
"direitos de autor e a diversidade cultural", escreve a diretora-geral
da UNESCO, que recorda igualmente "as ameaças físicas que
recaem sobre autores, jornalistas e editores, em muitos países".
"É nosso dever, então, em todos os lugares do mundo, proteger
essas liberdades e promover a leitura e a escrita para combater o
analfabetismo e a pobreza, fortalecer os fundamentos da paz e
proteger as atividades relacionadas com a edição", prossegue a
mensagem da UNESCO.
A organização apoiou assim a instituição do Prémio Voltaire, da
Associação Internacional de Editores (IPA - International
Publishers Association) que homenageia os seus pares "que se
recusam a permanecer em silêncio, e permitem aos autores exercer
sua liberdade de expressão".
Este ano, o prémio foi atribuído ao editor sueco de origem chinesa
Gui Minhai, residente em Hong Kong, preso em janeiro, pelas
autoridades de Pequim, quando viajava de comboio para a capital
chinesa.
No âmbito do Dia Mundial do Livro, é também designada a cidade
de Atenas como Capital Mundial do Livro 2018, "em reconhecimento
pelos seus programas de apoio editorial", que facilitam "o acesso a
livros à população em geral, e a migrantes e refugiados, em particular",
destaca Azoulay, que assumiu a direção da UNESCO no passado mês
de novembro." (in DN.pt 22.04.2018)
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