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Dezembro diz: olha que o governo está na boca do saco; até janeiro, qualquer burro passa o regueiro mas para a frente tem de ser forte e valente.
Se não tens governo, depois arreganhas o dente.
Dezembro quer que lenha no ar e pichel* a andar.
(*vasilha para onde vai o vinho que se tira das pipas)
Dia de cuco, de manhã molhado à noite enxuto.
Os dias de Natal são passos de pardal.
Natal a soalhar, Páscoa à roda do lar.
Natal ao soalhar, a Páscoa ao luar.
Natal ao sol, Páscoa ao fogo, fazem o ano formoso.
Natal em casa, Páscoa na rua.
Natal em casa, Páscoa na praça; Natal na praça, Páscoa em casa.
Natal em sexta-feira, por onde puderes semeia; em domingo, vende os bois e compra trigo.
O Natal quer-se na praça, a Páscoa, quer-se em casa.
Natal na praça, o Entrudo bolorento e a Páscoa com bom tempo.
Nem por agosto comprar, nem por dezembro marear.
FONTE: Mudam os ventos, mudam os tempos O Adágio popular meteorológico, de Manuel Costa Alves, Gradiva Publicações, Lda, 2006)
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