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Penso que este tema necessita de uma reflexão muito profunda não só por parte dos homens, como também por parte das mulheres e das famílias.
Não pode nem deve haver precipitações, num domínio tão importante das nossas vidas, em que todos temos obrigação de tentar tudo por tudo para se viver em harmonia, mesmo porque temos de estar imbuídos de uma importante tarefa: a de ter de dar o exemplo aos mais novos, às gerações futuras.
Não devemos esquecer o que os noticiários nos transmitem quase diariamente - por exemplo, a percentagem elevadíssima que existe de violência e crimes de homens contra as mulheres, o que constitui, desde logo, um ato repugnante de quem o pratica e uma grande preocupação para a sociedade, em geral.
É que há vários tipos de violência: não só a física, mas também as de caráter verbal, psicológico, chantagem, coercivo, repressivo, financeiro, enfim, abusos de qualquer ordem. Isto, só para citar alguns deles, porque são muitas vezes esquecidos, mas também contam e muito! Este fenómeno é um flagelo nacional e os números vão aumentando cada vez mais.
Começa no entanto a surgir outro dado preocupante e que penso que também nos deve servir de reflexão: apesar de haver registos de uma maior frequência de actos deles contra elas, também já se registam e com tendência a alastrar-se, actos de violência por parte delas contra eles. Não esqueçamos que "Violência gera violência".
A leitura que faço deste aspeto é que as mulheres já estão a retaliar, porque tudo na vida tem um limite! Ninguém está acima de ninguém! Isto pode parecer significar que um homem e uma mulher não conseguem, por si só, resolver os problemas entre eles sem recorrer ao conflito!
Este tema também me leva a pensar que parece haver homens e mulheres ou que não se entendem ou que não querem entender-se, o que me entristece muito que exista na nossa vida quotidiana! Acho que podemos todos fazer melhor!
Quero frisar que as palavras que aqui estou a partilhar, são apenas uma reflexão muito pessoal, que fiz sobre o assunto, porque é o que eu sinto, não é científico, como é óbvio. Os "experts" nestas áreas difíceis e delicadas é que saberão explicar estas reações do ser humano, recorrendo à sua incontestável sapiência e conhecimento sobre o problema.
Compreendo que, a nível psicológico, deverá ser extremamente difícil de conseguir tomar uma decisão ou manter o auto-controlo, tais são as situações insólitas que nos surgem na vida. Mas, por favor, tentemos evitar qualquer tipo de violência, nem nos habituemos a usá-la, seja ela de que tipo for, porque essa atitude só nos traz infelicidade e frustração.
O ser humano tem de se munir de um espírito combativo e tentar encontrar a origem do problema, em vez de desistir logo, achando que a solução reside no recurso "à luta", "ao conflito constante", "à brutalidade" ou "à crueldade"! Ou ainda, a atitude que se toma "que cada um vá para o seu lado", por si só, já é uma desistência, no fundo, é não encarar o problema.
Quantas vezes, a maior parte de nós já fez isso? Sim, muitas vezes. Mas a experiência vai-nos mostrando que dessa forma, não construímos nada de positivo. Como já referi no parágrafo anterior, nunca podemos deixar de ir até ao âmago da questão, enfrentá-lo e, civilizadamente tentar encontrar uma solução: "Só a morte é que não tem solução". Quantas vezes temos ouvido esta expressão, vinda dos mais velhos.
Não estou aqui a emitir juízos de valor, porque "errar é humano", e reconhecer o erro e corrigi-lo, ainda é a melhor atitude, é o caminho mais correto a seguir. Por isso, quero aqui salientar, que estou apenas a partilhar reflexões minhas que me vêm ao espírito, um pouco ao sabor da pena (= sinto cada palavra que escrevo, que me vem à ideia, dentro do raciocínio que desenvolvo sobre o assunto desse momento).
Concluo esta partilha angustiante com quem se dispõe (e tem paciência!) para ler os meus posts e penso que o fundamental é um querer, de todos nós, que haja compreensão e felicidade entre os que decidem estar juntos para o resto das suas vidas. Fizeram essa opção, têm de lutar por essa causa. Tem de haver cedências parte a parte, penso eu, pois se cada um "puxa só para o seu lado", então onde está o direito à diferença? Claro que isto também se aplica aos familiares, aos amigos, aos colegas de trabalho e a todos os que nos rodeiam no nosso dia-a-dia.
Saber conviver com os outros, viver em sociedade, implica conhecer e saber aplicar as regras exigidas para tal, pois não é por acaso que a expressão latina, tão conhecida, nos diz: Dura Lex, Sed Lex (a lei é dura mas é lei).
imagem obtida em: portugal.gov.pt |
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