quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Maria Teresa Horta, grande romancista, poeta e escritora "partiu" de entre nós - A minha homenagem


(imagem em infopedia, Porto Editora)

Maria Teresa Horta

Presto aqui  minha homenagem a esta grande romancista, jornalista feminista e contadora de histórias, que sempre soube lutar pelas suas causas!

Concordo com o jornal observador.pt quando este escreve: A escrita de Maria Teresa Horta não foi resistência, foi avanço !

Primeira pesquisa:  www.infopedia.pt

Ficcionista, dramaturga, poeta e jornalista de profissão, Maria Teresa de Mascarenhas Horta Barros nasceu a 20 de maio de 1937 em Lisboa, e morreu a 4 de fevereiro de 2025, com 87 anos. 

Frequentou a Faculdade de Letras de Lisboa, foi dirigente do ABC Cine-Clube e militante ativa nos movimentos de emancipação feminina, pertenceu à redação do jornal A Capital, dirigiu a revista Mulheres e dedicou-se ao movimento cineclubista português. 

Teresa Horta, escritora com obras publicadas nos campos da poesia, da prosa e do teatroCom a colaboração, ao lado de Maria Velho da Costa e Maria Isabel Barreno, nas Novas Cartas Portuguesas, obra reprimida pela censura e largamente difundida a nível internacional, o seunome como autora ficou celebrizado dentro de um registo de exaltação do corpo, de libertação feminina e de denúncia das hipocrisias e repressões do mundo social.

Como prosadora, inscreve-se numa tendência para a narração pluridiscursiva e desarticulada, impondo ao leitor, através dos vários registos estilísticos (discurso poético, epistolar, memorial, narrativo), a reconstituição de uma intriga que importa menos do que o teor excessivo da linguagem que a veicula ou que a indagação sobre a condição feminina em que cabe também a atualização do tema da paixão avassaladora, como no romance Constança H.

Ligada à coletânea Poesia 61, onde participou com Tatuagem, para António Ramos Rosa, "Cada poema seu é um ato de desnudação que põe em causa as convenções da vida social e está para além das barreiras protetoras da dignidade e do pudor. (...)
Contra a pobreza do mundo social, contra uma realidade ressequida e descarnada, o poeta realiza a transmutação vital que é uma verdadeira transformação orgânica e física do corpo humano (...).Seja direta, seja metafórica, a sua linguagem tem a ardência vital do corpo e a sua violência sensual é, em toda a sua irracionalidade, libertadora e subversiva." (Incisões Oblíquas, 1987, p. 126). 

REFERÊNCIA:
Porto Editora – Maria Teresa Horta na Infopédia [em linha]. 
Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-05 18:33:51]. 
Disponível em https://www.infopedia.pt/$maria-teresa-horta


Segunda pesquisa:  pt.wikipedia.org

Maria Teresa de Mascarenhas Horta Barros[1] GOIHGOL(Lisboa, 20 de maio de 1937 — Lisboa, 4 de fevereiro de 2025)[2] foi uma escritora, jornalista, activista e poetisa portuguesa

Foi uma das autoras do livro Novas Cartas Portuguesas, pelo qual foi processada e julgada em 1972, ao lado de Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa.[3]

Biografia

Nasceu em Lisboa, no dia 20 de Maio de 1937. É filha de Jorge Augusto da Silva Horta, 5.º Bastonário da Ordem dos Médicos(1956-1961), e de sua primeira mulher D. Carlota Maria Mascarenhas - a qual era neta paterna, por bastardia, do 9.º Marquês de Fronteira, 10.º Conde da Torre de juro e herdade, Representante do Título de Conde de Coculim, 7.º Marquês de Alorna de juro e herdade e 11.º Conde de Assumar de juro e herdade, ele próprio também filho natural - é oriunda, pelo lado materno, de uma família da alta aristocracia portuguesa, contando entre os seus antepassados a célebre poetisa Marquesa de Alorna.[4]

Foi casada, em segundas núpcias, com o jornalista Luís de Barros, de quem tem um único filho, Luís Jorge Horta de Barros (4 de Abril de 1965), casado com Maria Antónia Martins Peças Pereira, com dois filhos, Tiago e Bernardo Barros.[5]

Em 2024, foi editado o livro "A Desobediente", biografia escrita por Patrícia Reis.[6][7]

Faleceu na manhã de 4 de fevereiro de 2025, em Lisboa, aos 87 anos.[8][9]

Percurso


Foi dirigente do ABC Cine-Clube.

Fez parte do Movimento Feminista de Portugal juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, as Três Marias. Em conjunto lançaram o livro Novas Cartas Portuguesas, que na época teve um forte impacto e gerou contestação.[3][4]

Maria Teresa Horta também fez parte do grupo Poesia 61.[3]

Publicou diversos textos em jornais como Diário de Lisboa, A Capital, República, O Século, Diário de Notícias e Jornal de Letras e Artes, entre outros. Na Capital liderou o suplemento Literatura e Arte, por onde passaram nomes como Natália Correia, Maria Isabel Barreno, Ary dos Santos, José Saramago, António Gedeão, Alexandre O’Neill, Mário Cesariny, entre outros grandes nomes da literatura portuguesa.[10]

Foi também chefe de redacção da revista Mulheres, a convite do Partido Comunista Português,[11] da qual foi militante durante 14 anos[12] entre 1975 e 1989, quando se dá o fim da União Soviética.[13]Esta revista, um projecto pessoal de Maria Teresa Horta, consistiu num projecto feminista, de forte cunho essencialista. Permitiu-lhe entrevistar mulheres de relevo da política, da cultura e da literatura, entre elas: Maria de Lourdes Pintasilgo, Marguerite Yourcenar, Marguerite Duras, Maria Bethânia.[3][10]

Prémios e Reconhecimento

Foi galardoada com o Prémio D. Dinis 2011 da Fundação Casa de Mateus pela sua obra "As Luzes de Leonor", o qual aceitou, embora se recusasse a recebê-lo das mãos do Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho, ao qual cabia entregá-lo, alegando que este está "a destruir o país".[14][15][16] Nesse ano ganha ainda o Prémio Máxima de Literatura, pela mesma obra.[17]

Em 2014, recebeu o Prémio Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores.[18]

Em 2017, recusou receber o 4º Prémio Oceanos (Literatura em Língua Portuguesa), atribuído anualmente pelo Itaú Cultural no Brasil. A sua recusa deve-se ao facto de o ter de partilhar com o autor Bernardo Carvalho e por achar que a sua obra e os seus leitores mereciam mais respeito.[19][20]

O seu livro "Anunciações" (com o qual concorrera ao Prémio Oceanos) ganha o Prémio Autores de 2017 na categoria Melhor Livro de Poesia. [21]


Visão | Maria Teresa Horta: A história da desobediente militante e  desassossegada contadora de histórias
imagem obtida in visao.pt


As Três Marias (ela e Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa) encontram-se entre os 50 autores portugueses seleccionados por António M. Feijó, João R. Figueiredo e Miguel Tamen, professores e ensaístas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, para constar no livro "O Cânone", publicado pela editora Tinta da China em 2020.[22][18]

O Ministério da Cultura português distinguiu-a com a Medalha de Mérito Cultural em 2020.[18]

Em 2021 foi distinguida com o Prémio Literário Casino da Póvoa 2021, no festival de literatura Correntes d'Escritas, pela obra Estranhezas. [23][24] No mesmo ano, foi homenageada no Festival Literário Internacional do Interior, criado em homenagem das vítimas dos incêndios de 2017.[25]

Em 2023, o ISPA distinguiu-a com o título de Doutora Honoris Causa. [26]

Em 2024, é distinguida com o Prémio Liberdade, no âmbito dos Prémios ACTIVA Mulheres Inspiradoras. [27]

Também em 2024, torna-se na primeira mulher a receber o Prémio Rodrigues Sampaio, prémio este atribuído pela Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto.[28]

Ainda em 2024, a BBC colocou-a entre as 100 mulheres mais influentes e inspiradoras do mundo. [29][30]

Condecorações


A 21 de Abril de 2022, foi agraciada com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade.[31]

Obras

É autora de vários livros de poesia e ficção:[32]

PoesiaEspelho Inicial (1960)
Tatuagem (1961)
Cidadelas Submersas (1961)
Verão Coincidente (1962)
Amor Habitado (1963)
Candelabro (1964)
Jardim de Inverno (1966)
Cronista Não é Recado (1967)
Minha Senhora de Mim (1967)
Educação Sentimental (1975)
As Mulheres de Abril (1976)
Poesia Completa I e II (1960-1982) (1982)
Os Anjos (1983)
Minha Mãe, Meu Amor (1984)
Rosa Sangrenta (1987)
Antologia Poética (1994)
Destino (1998)
Só de Amor (1999)
Antologia Pessoal - 100 Poemas (2003)
Inquietude (2006)
Les Sorcières - Feiticeiras (2006) edição bilíngue
Cem Poemas + 21 inéditos (2007)
Palavras Secretas (Antologia) (2007)
Poemas do Brasil (2009)
Poesia Reunida (1960-2006) (2009)
As Palavras do Corpo (Antologia de poesia erótica) (2012)
Poemas para Leonor (2012)
Poesis (2017)
Estranhezas (2018)

FicçãoAmbas as Mãos sobre o Corpo (1970)
Novas Cartas Portuguesas (1971) (obra conjunta))
Ana (1974)
O Transfer (1984)
Ema (1984)
A Paixão Segundo Constança H. (1994)
A Mãe na Literatura Portuguesa (1999)
As Luzes de Leonor (2011)
A Dama e o Unicórnio (2013)
Meninas (2014)

REERÊNCIA:   pt.wikipedia.org

sábado, 25 de janeiro de 2025

RAMALHO EANES: Senhor General, parabéns, pelo seu 90º aniversário!

MPR - António Ramalho Eanes
imagem obtida em: museu.presidencia.pt



Ramalho Eanes faz hoje 90 anos. Na galeria de Belém, é o único Presidente  militar retratado à civil, por sua vontade, sem qualquer condecoração -  Atualidade - SAPO 24
imagem em: 24.sapo.pt
(General Ramalho Eanes e os seus 90 anos)


Dá gosto ouvir dizer ou ler que Ramalho Eanes faz hoje uma tão bonita idade, pois significa que, para além de ter saúde, lutou pela sua vida como militar, pelos seus valores e princípios, manteve-se fiel e ativo a causas justas, sempre em prol da sua Nação! 

Por esse motivo, presto aqui a minha homenagem ao Senhor General, agradecendo o que fez por Portugal!

Partilho neste espaço uma parte do artigo do expresso.pt

Transcrevo:

"Serviu e serve Portugal": 

Marcelo e Cavaco felicitam Ramalho Eanes no dia em que celebra 90 anos

Ramalho Eanes colocou “interesse nacional sempre em primeiro lugar”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa na mensagem enviada ao primeiro Presidente da República eleito democraticamente após o 25 de abril.

“Duas palavras muito sentidas, embora muito breves, para felicitar o Senhor Presidente António Ramalho Eanes pelos seus 90 anos, que são, larguissimamente, anos vividos ao serviço de Portugal”. É assim que Marcelo Rebelo de Sousa felicita, este sábado, o primeiro Presidente da República democraticamente eleito no pós 25 de abril pelo seu aniversário.
...(...)... Ler mais em expresso.pt (se for subscritor deste jornal)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

"O Vôo do Moscardo" - The flight of the Bumble-Bee, de Nicolai Rimsky-Korsakov (tocado por uma das 5 maiores pianistas do mundo)




The F The Flight of The Bumble-Bee (O Voo do Moscardo) é um interlúdio musical famoso, composto pelo conde e compositor russo Nicolai Rimsky-Korsakov para a sua ópera O Tzar Saltan, entre 1899 e 1900. Foi inicialmente escrito para um solo de violino. 

Passado algum tempo, Korsakov reescreveu a peça para piano. Contudo, sendo tecnicamente tão difícil, o famoso pianista Vladimir von Pachmann (1848/1933), quando leu a partitura, achou-a "impossível de ser tocada".

Anos depois Serguei Prokofiev (1891/1953) aceitou o desafio e abriu a porta para que alguns colegas realizassem essa proeza....

A jovem pianista chinesa, YUJA WANG, considerada atualmente uma das cinco melhores do mundo, dá um show de virtuosismo. 

REFERÊNCIA: arrozcatum.blogspot.com

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Recordando Charles Aznavour na sua interpretação "Que c'est triste Vénice" e a letra

Paroles (letras)

Que c'est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c'est triste Venise
Quand on ne s'aime plus
On cherche encore des mots
Mais l'ennui les emporte
On voudrait bien pleurer
Mais on ne le peut plus
Que c'est triste Venise
Lorsque les barcarolles
Ne viennent souligner
Que des silences creux
Et que le cœur se serre
En voyant les gondoles
Abriter le bonheur
Des couples amoureux
Que c'est triste Venise
Au temps des amours mortes
Que c'est triste Venise
Quand on ne s'aime plus
Les musées, les églises
Ouvrent en vain leurs portes
Inutile beauté
Devant nos yeux déçus
Que c'est triste Venise
Le soir sur la lagune
Quand on cherche une main
Que l'on ne vous tend pas
Et que l'on ironise
Devant le clair de lune
Pour tenter d'oublier
Ce qu'on ne se dit pas
Adieu tout les pigeons
Qui nous en fait escortent
Adieu Pont des Soupir
Adieu rêves perdus
C'est trop triste Venise
Au temps des amours mortes
C'est trop triste Venise
Quand on ne s'aime plus


Fonte: LyricFind
Compositores: Charles Aznavour / Françoise Dorin
Letras de Que c’est triste Venice © Editions Musicales Djanik

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Donald Trump: depois de tomar posse, as alterações que já efetuou!!!

Posse de Trump: veja FOTOS e VÍDEOS da cerimônia nos EUA | Mundo | G1
imagem obtida em: g1.globo.com

O 47º Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, tomou ontem posse no interior do Capitólio.

A cerimónia decorreu no interior do Capitólio e não como foi habitual até aqui, em que os Presidentes anteriores tomavam posse nas escadarias, para que  toda a gente pudesse assistir.

O facto deveu-se ao frio intenso que se fez sentir, mas as pessoas tiveram ocasião de seguir o acontecimento, por meio de écrans instalados por todo o lado..

Trump anunciou logo muitas medidas que iria tomar, entre elas, a saída da Organização Mundial da Saúde e do Acordo de Paris, a deportação de imigrantes ilegais, o corte de subsídios nos carros elétricos... (...)...

Transcrevo a minha pesquisa, a partir da Euronews, em pt.euronews.com :

Donald Trump foi formalmente empossado esta segunda-feira como 47.º presidente dos Estados Unidos, após prestar juramento numa cerimónia no Capitólio, em Washington DC.

"Irei, na melhor das minhas capacidades, preservar, proteger e defender a Constituição”, declarou Trump, com a mão direita levantada e a mão esquerda sobre a Bíblia. O juramento foi recebido com aplausos na Rotunda do Capitólio.

Momentos antes, JD Vance também prestou juramento e foi empossado como vice-presidente dos Estados Unidos.

No primeiro discurso, o novo presidente republicano começou por agradecer a JD Vance, a Mike Johnson e aos membros do Supremo Tribunal presentes na sala, bem como aos anteriores presidentes norte-americanos.

"A idade de ouro dos Estados Unidos da América começa agora. Vamos ser a inveja de toda a gente e não vamos permitir mais que se aproveitem de nós. A nossa soberania vai ser reposta", garantiu.

Arrancando aplausos no capitólio, atacou o Governo cessante, acusando-o de não conseguir gerir crises internas e externas e com críticas ao atual estado dos serviços públicos norte-americanos. "Vamos reverter completa e totalmente uma traição e devolver a fé, a riqueza, a democracia e a liberdade às pessoas. A partir de aqui,o declínio da América acabou", prometeu.

"Aqueles que querem parar a nossa causa tentaram tirar-me a minha liberdade e a minha vida", afirmou, referindo-se ao atentado em Butler, durante um comício no ano passado. "Acredito que a minha vida foi salva por uma razão. Deus salvou-me. Sobrevivi para tornar a América grande outra vez", continuou, recordando o slogan que popularizou a campanha de 2016.

Enumerando ainda as ordens executivas que prometeu assinar ainda esta segunda-feira, adiantou que a primeira será a declaração de uma "emergência nacional na fronteira sul". "Todas as entradas ilegais serão paradas e começaremos o processo de devolver imigrantes ilegais aos sítios de onde vieram", detalhou.

Além disso, assegurou que vai declarar cartéis mexicanos como "organizações terroristas estrangeiras" e que vai autorizar as forças federais e estaduais a utilizarem "todo o seu poder e força" para erradicar "gangues criminosos" nos Estados Unidos.


Trump confirmou ainda uma série de medidas já esperadas: uma declaração deemergência energética, a expansão daexploração petrolífera nacional e o fim dos subsídios aos carros elétricos, além de pesadas tarifas aduaneiras a países que, no seu entender, promovem práticas comerciais injustas e lesivas para com os Estados Unidos.

"Voltaremos a ser uma nação rica e é o ouro líquido que temos debaixo dos pés que nos ajudará a consegui-lo (...) Vamos acabar com o 'Green New Deal' e revogar o mandato dos veículos eléctricos, salvando a nossa indústria automóvel", completou Trump.

FONTE: pt.euronews.com

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Hachiko, o cão mais fiel do mundo e a sua história!

"Diz-me qual o teu animal preferido e dir-te-ei quem és"


Hachiko – Wikipédia, a enciclopédia livre
imagem obtida em pt.wikipedia.org




Nova estátua em homenagem à Hachiko | Curiosidades do Japão
imagem obtida em japaoemfoco.com
("nova estátua do reencontro de Hachico com o seu dono")

O cão mais fiel do mundo fez 100 anos em 23.11.2023 

1ª pesquisa:

Hachiko é celebrado em todo o Japão e a estátua em Shibuya é uma verdadeira atração turística. Hachiko é para os japoneses o símbolo da "fidelidade canina". 

O cão que teria feito 100 anos ...(...)... (23.11.2023), foi especialmente celebrado junto à estátua que lhe rende homenagem, em Shibuya, no Japão.

Em 1925, o dono de Hachiko morreu repentinamente no trabalho. O cão que o esperava todos os dias na estação de comboios nunca deixou de o fazer. Recusou todas as tentativas de adoção e quando era levado para um sítio diferente, acabava por voltar à estação de comboios.

Fê-lo durante mais de 9 anos, até à sua morte em 1935.

Impressionados com a lealdade, os japoneses ergueram-lhe uma estátua ainda em vida. Durante a Segunda Guerra Mundial, o monumento foi derretido, mas foi restaurado em 1948. 
FONTE: pesquisa em: pt.euronews.com 


2ª Pesquisa

Hachiko, um cachorro da raça Akita Inu, esperou dez anos numa estação de comboios no Japão pelo dono que havia falecido.

O slogan chinês no cartaz do filme diz tudo: "Vou esperar por você, não importa quanto tempo leve". 

Ele conta a história real de Hachiko, o cão que continuou esperando pelo dono em uma estação de trem no Japão muito tempo depois da morte dele.

O cachorro da raça Akita Inu, nascido há cem anos, já foi lembrado de diversas maneiras — em livros, filmes e até na série animada de ficção Futurama.

Há histórias de outros cães leais, como o escocês Greyfriars Bobby, mas nenhuma com o impacto global de Hachiko. 

Há, inclusive, uma estátua de bronze dele do lado de fora da estação de Shibuya, em Tóquio, onde esperou por seu dono por uma década. 

A estátua foi erguida pela primeira vez em 1934, antes de ser reciclada como parte do esforço de desenvolvimento de material bélico durante a Segunda Guerra Mundial — e reerguida em 1948.

Hachiko representa o "cidadão japonês ideal" com sua "devoção inquestionável", diz a professora Christine Yano, da Universidade do Havaí, nos EUA. 

"Leal, confiável, obediente a um mestre, que compreende seu lugar no esquema mais amplo das coisas, sem depender da racionalidade", explica. 

A história de Hachiko

Hachiko nasceu em novembro de 1923 na cidade de Odate, na província de Akita, local de origem da raça Akita. 

Akita é um cão japonês de grande porte — uma das raças mais antigas e populares do país. 

Designados pelo governo japonês como um ícone nacional em 1931, eles já foram treinados para caçar animais como javalis e alces.

Os cães Akita são calmos, sinceros, inteligentes, corajosos [e] obedientes aos seus donos", afirma Eietsu Sakuraba, autor de um livro infantil em inglês sobre Hachiko. 

"Por outro lado, também tem uma personalidade teimosa e desconfia de qualquer pessoa que não seja seu dono." 

No ano em que Hachiko nasceu, Hidesaburo Ueno, um renomado professor de agricultura apaixonado por cães, pediu a um aluno que encontrasse um filhote de Akita para ele. 

Após uma cansativa viagem de trem, o filhote chegou à residência de Ueno, no distrito de Shibuya, em 15 de janeiro de 1924. 

A princípio, pensaram que estava morto.

Segundo a professora Mayumi Itoh, biógrafa de Hachiko, Ueno e a esposa, Yae, cuidaram dele ao longo de seis meses até se recuperar. 

Ueno chamou-o de Hachi, que significa "oito" em japonês. O sufixo "Ko" foi acrescentado pelos alunos dele. 

A longa espera

Ueno apanhava um comboio para o trabalho várias vezes por semana. Ele ia até a estação de Shibuya acompanhado de seus três cachorros, incluindo Hachiko. O trio esperaria ali por seu retorno à noite. 

Em 21 de maio de 1925, Ueno, então com 53 anos, morreu de hemorragia cerebral. 

Hachiko estava com ele há apenas 16 meses. 

"Enquanto as pessoas assistiam ao velório, Hachi sentiu o cheiro de Ueno na casa e entrou na sala. Ele rastejou para debaixo do caixão e recusou-se a mexer-se", escreveu Itoh. 

Hachiko passou os meses seguintes com diferentes famílias fora de Shibuya, mas, no verão de 1925, acabou ficando com o jardineiro de Ueno, Kikusaburo Kobayashi. 

De volta à área onde seu falecido dono morava, Hachiko logo retomou o trajeto diário que fazia até a estação — podia fazer chuva ou fazer sol. 

"À noite, Hachi ficava parado na catraca e olhava para cada passageiro como se estivesse procurando alguém", escreve.

No início, os funcionários da estação acharam o comportamento inconveniente. Os vendedores de yakitori (espetinho) jogavam água em Hachiko, enquanto crianças pequenas batiam nele. 

Mas depois que o jornal japonês Tokyo Asahi Shimbun escreveu sobre ele, em outubro de 1932, e Hachiko ganhou fama nacional.

A estação recebia doações de alimentos para Hachiko todos os dias, enquanto visitantes vinham de todas as partes para vê-lo. 

Poemas e haikus (forma de poesia japonesa) foram escritos sobre ele. 

Em 1934, um evento de arrecadação de fundos para fazer uma estátua em homenagem a ele atraiu 3 mil pessoas.

A notícia da morte de Hachiko em 8 de março de 1935 foi estampada na capa de muitos jornais. Em seu funeral, monges budistas proferiram orações e dignitários leram discursos em homenagem a ele. Milhares de pessoas visitaram sua estátua nos dias que se seguiram.

No empobrecido Japão do pós-guerra, uma campanha de arrecadação de fundos para uma nova estátua de Hachiko conseguiu angariar 800 mil ienes, uma quantia enorme na época. Isso equivaleria a cerca de 4 bilhões de ienes hoje.

"Pensando bem, acho que ele sabia que Ueno não voltaria, mas continuou à espera. Hachiko ensinou-nos o valor de manter a fé em alguém", escreveu Takeshi Okamoto  num artigo de jornal em 1982. 

Como estudante do ensino médio, ele via Hachiko na estação diariamente. 

Homenagens a Hachiko

Todos os anos, no dia 8 de abril, é realizada uma cerimônia em homenagem a Hachiko do lado de fora da estação de Shibuya. 

Ao longo do ano, a estátua dele costuma ser decorada com cachecóis, gorros de Pai Natal e, mais recentemente, máscaras cirúrgicas. 

O corpo empalhado de Hachiko está em exposição no Museu Nacional da Natureza e da Ciência, em Tóquio. Os seus demais restos mortais estão sepultados no Cemitério de Aoyama, ao lado de Ueno e Yae. 

Também há estátuas dele em Odate, a cidade natal de Ueno, em Hisai, na Universidade de Tóquio e em Rhode Island, nos EUA, que foi cenário do filme americano de 2009. 

Odate também teve uma série de eventos programados para esse ano, data em que Hachiko completaria cem anos. 

Mas será que o cão mais leal do mundo ainda vai ser celebrado daqui a um século? 

Yano acredita que sim, uma vez que o "heroísmo de Hachiko" não é definido por nenhum período específico — pelo contrário, é atemporal. 

in: japaoemfoco.com

(estátua de bronze de Hachiko - Estação de Shibuya)

Sakuraba se mostra igualmente otimista.
"Daqui a cem anos, esse amor incondicional e devoto vai permanecer inalterado, e a história de Hachiko vai viver para sempre."

FONTE: https://g1.globo.com (texto adaptado para o Português de Portugal)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Meditações sobre o amor, a vida e a felicidade

Kahlil Gibran: A Life in Poetry and Wisdom - Poem Analysis
imagem obtida em: poemanalysis.com

"Somos todos prisioneiros, mas apenas alguns de nós descobrem janelas na sua cela" 

"Não se pode chegar à alvorada a não ser caminhando pela noite"

"A fé é um oásis no coração que nunc será alcançado através da caravana do conhecimento"

"O exagero é a verdade que perdeu a calma"

"O verdadeiro grande homem é aquele que não domina ninguém e que não é dominado por ninguém"

"A razão, reinando sozinha, restringe todo o impulso; a paixão, deixada entregue a si mesma, é um fogo que arde até à sua própria destruição"

"Quando te separares de um amigo, nõ te preocupes, pois o que tu mais amas nele torna-se mais claro com a sua ausência, tal como a montanha parece mais nítida ao alpinista que a observa da planície"

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

"Liberdade" é vencedora como "A PALAVRA DO ANO"


Liberdade - O que é, conceito e definição
imagem in conceito.de



Parabéns à palavra LIBERDADE!

Esta foi a palavra mais votada, escolhida pelos portugueses no ano de 2024.

Parabéns à Porto Editora pela sua iniciativa, anualmente.


Sobre a iniciativa

A PALAVRA DO ANO® é uma iniciativa da Porto Editora que tem como principal objetivo sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa, património vivo e precioso de todos os que nela se expressam, acentuando, assim, a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida.

A lista de palavras candidatas a PALAVRA DO ANO® é produto do trabalho permanente de observação e acompanhamento da realidade da língua portuguesa, levado a cabo pela Porto Editora, através da análise de frequência e distribuição de uso das palavras e do relevo que elas alcançam, tanto nos meios de comunicação e redes sociais como no registo de consultas online dos dicionários da Porto Editora, tendo em consideração também as sugestões dos portugueses através do site www.palavradoano.pt.




REFERÊNCIA: Porto Editora, infopédia, Dicionários Porto Editora 

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Mitologia grega:a Lenda de Ícaro

Ícaro e Dédalo
imagem obtida em Kuadros.com

Ao postar hoje esta lenda, vieram-me à memória os meus tempos de estudante no liceu e depois na Faculdade de Letras. 

É bom dizer-se que um pouco de mitologia nunca fez mal a ninguém: a nossa imaginação viaja no tempo e sonha, por vezes, com algo parecido com o que estamos a ler, mesmo sabendo que a história não é verdadeira, apesar de fantástica.

No Dicionário Académico de Língua Portuguesa, da Porto Editora, de fevereiro de 2012, pode ler-se sobre mitologia: "1. (sentido geral) conjunto dos mitos de um povo ou de uma civilização 2 (sentido particular) conjunto dos mitos da antiguidade greco-romana 3 estudo da origem, evolução e significado dos mitos 4 relato fantástico protagonizado por seres que representam as forças da natureza e os aspetos gerais da condição humana, transmitindo oralmente ao longo dos tempos; lenda; fábula; mito".

Gostei de recordar este mito que estudei nas Literaturas e em Latim...!
Quem as estudou ou muito bem os conhece, claro que depois de lidos, nos deixa algo intrigados, pois para todos os efeitos, não passam de mitos ou lendas (esta não passa de uma narrativa escrita que é falsa, ou então, de uma tradição de determinados acontecimentos, ou feitos fantásticos).

Vamos então, relembrar a Lenda de Ícaro

Ícaro

Na mitologia grega, Ícaro era o filho de Dédalo que voou com asas feitas de penas e cera, mas caiu no mar e se afogou ao ignorar os avisos de seu pai e voar muito perto do sol, derretendo suas asas.

Quem foi

Na mitologia grega, Ícaro foi um personagem da Ilha de Creta, que tentou deixar a ilha voando com seu pai. Era filho de Dédalo, importante arquiteto, artesão e inventor ateniense, que trabalhava para o rei Minos de Creta.

Lenda de Ícaro

De acordo com o mito, Dédalo projetou o labirinto do local em que vivia o Minotauro (monstro mitológico com corpo humano e cabeça de touro), na Ilha de Creta. Porém, Dédalo revelou os segredos do labirinto para Ariadne, que ajudou Teseu com informações sobre o labirinto. Teseu entrou no labirinto e matou o Minotauro.

Para nunca mais revelar o segredo do local, o rei Minos prendeu Dédalo e seu filho Ícaro no próprio labirinto. Para fugir, Dédalo projetou asas para ele e para seu filho Ícaro. Essas asas foram feitas com penas de gaivotas e coladas com cera de abelha.

O plano de Dédalo deu certo e os dois conseguiram sair voando da ilha de Creta. Porém, Ícaro não deu importância aos conselhos de seu pai e resolveu voar bem alto como se fosse um deus poderoso. Ao ficar mais próximo do Sol, o calor aumentou, a cera de abelha derreteu e as penas desprenderam-se. Ícaro caiu no mar Egeu e morreu afogado. Seu pai nada pode fazer e assistiu a tudo, agoniado.

Significado da lenda de Ícaro

Como sabemos, os gregos antigos passavam ensinamentos através de lendas e mitos. A lenda de Ícaro, era contada, principalmente, para ensinar a importância da humildade após um êxito (vitória) e também de seguir as orientações dos mais experientes (no caso desse mito é Dédalo, seu pai). O mito também faz referência sobre a impossibilidade de um ser humano querer ter poderes semelhantes aos dos deuses.


QUIZ

Em qual região se passa a lenda de Ícaro?

Atenas
Esparta
Ilha de Creta
Ilha da Sicília

REFERÊNCIA: sua pesquisa.com

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Helena Sá e Costa, uma pianista portuguesa de renome

Helena Sá e Costa - YouTube
Helena Sá e Costa ao piano
imagem obtida em: youTube.com



Madalena Sá e Costa — Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo
Helena Sá e Costa ao piano e sua irmã, Madalena Sá e Costa,
imagem obtida in: https://www.esmae.ipp.p


Estando matriculada na Faculdade de Letras do Porto, no Programa de Estudos Universitários para Séniores (P.E.U.S.), este semestre resolvi escolher a disciplina  de "Arte, Música e Espaço Sacro".

Considero-a muito interessante, porque gosto dos temas abordados e considero importante frequentar disciplinas que tenham aulas teóricas e "aulas de campo". 

No mês de dezembro, a nossa professora marcou uma "aula de campo" na Casa do Largo da Paz, número 53, à Boavista, no Porto, cujo tema incidia sobre a grande pianista portuguesa Helena Sá e Costa. 

Como a pianista morreu a 08 de janeiro de 2006, quero aqui prestar-lhe a minha homenagem neste mesmo dia e mês em que nos deixou! 

Do que consegui reter da "aula", a Casa do Largo da Paz é um Palacete de Família da famosa pianista, uma vez que os parentes mais chegados ali viveram e, curiosamente,  os seus descendentes também lá continuam. 

A filha de Madalena Sá e Costa, violoncelista, irmã da pianista Helena, recebeu-nos, mostrou-nos toda a Casa e facultou-nos todas as explicações e esclarecimentos sobre esta família, ao mesmo tempo que nos mostrava o espólio possível e objetos pessoais, da Família Sá e Costa, que ali se encontram expostos.

Helena Sá e Costa era neta do pianista Bernardino Valentim Moreira de Sá (figura destacada por ter sido o fundador do Conservatório de Música do Porto e ainda do Orpheon Portuense) e era filha da pianista Leonilda Moreira de Sá e Costa e do também pianista, para além de compositor, Luís Costa. 

Foi aluna de seus pais e de José Vianna da Motta. Estudou piano e obteve 20 valores ao concluir o seu curso. 

Helena Sá e Costa viveu toda a sua vida dedicada à música. Pianista, concertista e professora, deixou-nos um contributo cultural notável! 

Teve a experiência de viver em Paris e, mais tarde, em Berlim.