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Mas, muito antes de ter sido considerado um dogma, a celebração da festa universal já havia sido decretada em 1476 pelo Papa Sisto IV.
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"E no Sul de Portugal?
Na altura em que D. Afonso Henriques se tornou rei de Portugal, o Sul estava sob domínio muçulmano. A língua da população era, no entanto, o moçárabe, ou seja, a particular evolução do latim no sul da península.
Com a expansão do novo reino de Portugal para sul, a língua do Norte começou a invadir os novos territórios, sofrendo algumas influências do moçárabe, e, através deste do árabe. A língua da Galiza e do Norte tornava-se, também, a língua do Sul de Portugal.
Como a capital ficou estabelecida em Lisboa, a forma particular da língua nessa cidade ganhou um prestígio particular, sem que tal significasse que fosse, de alguma maneira, a melhor forma de falar a língua. No Norte, o português continuou a ser falado como sempre foi. Mesmo na Galiza, onde a língua não era usada por nenhuma corte, a população continuou a falar, pelos séculos fora, algo muito próximo do que saía da boca dos portugueses do Norte.
Só no último século, com a expansão do uso do castelhano na Galiza e com a uniformização da língua portuguesa centrada nos usos do Sul (uma uniformização que não é completa, mas tem aproximado a forma de falar dos portugueses de todo o país), os galegos e os portugueses do Norte começaram a sentir uma divergência mais marcada naquilo que se fala na rua a norte e a sul do Minho.
Mesmo assim, ainda hoje há uma surpreendente proximidade entre o que se fala dum lado e doutro da fronteira entre Portugal e a Galiza - e note-se que estamos a falar de uma das mais antigas fronteiras do mundo Muitos galegos ainda falam galego - e nós, claro está, falamos português.Nós, portugueses e galegos, falamos qualquer coisa que descende diretamente da língua que se ouvia em Guimarães - mas também em Tui -, quando Afonso Henriques se tornou o primeiro rei de Portugal.
Essa língua forjada na antiga Galécia está hoje noutras paragens do mundo, já o sabemos."
LER MAIS...
O livro Assim nasceu uma língua, de Fernando Venâncio, conta a história da nossa língua de forma empolgante e bem fundamentada.
*** Esta transcrição tem origem no Almanaque da língua Portuguesa, de Marco Neves, já referida no meu post anterior com o mesmo título (Parte I)
(Marco Neves) imagem obtida em youtube.com |
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"A sabedoria é a única riqueza que os tiranos não conseguem expropriar."
Sobre o amor:
"Aquele que nunca viu a tristeza,
nunca será capaz de reconhecer a alegria."
"Acredita nos sonhos, pois neles esconde-se
a porta da eternidade."
Sobre a vida
"A música é a linguagem dos espíritos."
"Apenas consegues ver a tua sombra
quando viras as costas ao sol."
Sobre a felicidade
"Tudo o que se vê é miragem.
Procura antes a essência
que se mantém invisível."
"Vivemos apenas para descobrir a beleza.
Tudo o resto é uma espécie de espera."
REFERÊNCIA:
Meditações sobre o amor, a vida e a felicidade
de Kahlil Gibran, Autor: Editoriais Bookout, 2019,
Cristal Editora, abril de 2019
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Dezembro diz: olha que o governo está na boca do saco; até janeiro, qualquer burro passa o regueiro mas para a frente tem de ser forte e valente.
Se não tens governo, depois arreganhas o dente.
Dezembro quer que lenha no ar e pichel* a andar.
(*vasilha para onde vai o vinho que se tira das pipas)
Dia de cuco, de manhã molhado à noite enxuto.
Os dias de Natal são passos de pardal.
Natal a soalhar, Páscoa à roda do lar.
Natal ao soalhar, a Páscoa ao luar.
Natal ao sol, Páscoa ao fogo, fazem o ano formoso.
Natal em casa, Páscoa na rua.
Natal em casa, Páscoa na praça; Natal na praça, Páscoa em casa.
Natal em sexta-feira, por onde puderes semeia; em domingo, vende os bois e compra trigo.
O Natal quer-se na praça, a Páscoa, quer-se em casa.
Natal na praça, o Entrudo bolorento e a Páscoa com bom tempo.
Nem por agosto comprar, nem por dezembro marear.
FONTE: Mudam os ventos, mudam os tempos O Adágio popular meteorológico, de Manuel Costa Alves, Gradiva Publicações, Lda, 2006
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imagemhttps://pt.pngtree.com/ Hoje, temos aqui uma expressão que tem que se lhe diga! |
A explicação do seu significado e da sua origem, tem como FONTE o "Dicionário de Expressões Correntes, de Orlando Neves, Notícias editorial, 1999.
Recorro muito a este tipo de referência, quando quero ter a certeza de que houve uma pesquisa aprofundada do seu autor sobre a expressão que abordo., como é o caso.
Deitar a barra adiante" - a significação é conhecida: "fazer melhor figura do que qualquer outro."
Nas crenças Populares Portuguesas, Alexandre Herculano usou a frase: "Entre as nações modernas a portuguesa passa por mais uma das inclinadas a essas superstições. É uma das multiplicadas calúnias que sobre as nossas cabeças lançam estrangeiros: quem de isso se quiser desenganar leia o Dicionário Infernal, de Colin de Planey, e achará que qualquer província de França, ainda das mais civilizadas, nos deita, como se diz vulgarmente, a barra adiante, em superstições populares."
A origem está no jogo popular da barra, também chamado do pau-ferro. Trata-se de um jogo antiquíssimo, praticado já pelos guerreiros gregos e romanos. O material com que se joga consiste numa alavanca de ferro como aquelas que usavam os pedreiros.
Um risco no solo limita a área de lançamento, isto é, o lançador não pode pisar o risco nem lançar depois de o ultrapassar.
A alavanca deve ser lançada de tal modo que caia de ponta no solo: se tal não suceder, o lançamento não conta para a classificação do jogador.
Cada jogador pode fazer várias tentativas para conquistar a vitória, contando para esse efeito o lançamento mais longo que tenha efetuado. Não é obrigatório, porém, que a alavanca fique espetada no solo."
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Ao consultar o Dicionário de Expressões correntes, da Editorial Notícias, fevereiro de 1998 e da autoria de Orlando Neves, este especifica a expressão "Expulsar os vendilhões", deste modo:
"Refere-se a uma ação enérgica e severa contra aqueles que praticam fraudes ou abusos.
Tem origem na Bíblia, Evangelho de S. Lucas 19,45: Entrando no templo (Jesus) começou a expulsar todos os que nele vendiam e compravam (46) dizendo-lhes: está escrito, a minha casa é casa de oração, mas vós fizestes dela covil de ladrões."
É sempre bom ler mais, para saber mais!
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De fome
ninguém vi morrer;
vi alguns,
de muito comer
Ao médico
e
ao padre
fala verdade
Quando
o cavalo está morto,
A aveia
vem tarde demais
Mais valem
dois bocados
de vaca
que sete
de batata
Almoço cedo
cria carne
e sebo;
almoço tarde
nem sebo
nem carne
Aprende
na cabeça alheia
antes que
os outros
aprendam
na tua
Depois de almoçar,
deitar;
depois de cear
passos dar
Pão de hoje,
carne de ontem
e vinho do
outro verão
fazem o Homem são
Desconfia
do amigo,
que come
o teu contigo
e o seu consigo
De longos sonos
e grandes ceias
estão
as sepulturas
cheias
Antes de morder
vê com atenção
se é pedra
ou se é pão
Nem sempre
os casados
vivem mais
que os solteiros.
Só lhes parece
mais tempo
Pelo estômago
se governam
os Homens
Um estômago
faminto
não é
um bom conselheiro
Muitas vezes
pelo estômago
se chega
ao coração
Quem come
a correr
do estômago
vem a sofrer
Estômago
agradecido
não é
bom amigo
REFERÊNCIA: "Aceite um Conselho de Amigo - Livro de Provérbios - da Pfizer Roerig"
imagem encontrada na leitura do blog: umapepitadesucesso.blogs.sapo.pt/ |
imagem em tradestories.pt |
Maria João Saraiva de Menezes, |
Para não tornar o meu post do dia anterior muito longo, resolvi dar-lhe continuação, assinalados com I e II no título (e com a devida vénia a Maria João Saraiva de Menezes).
Com efeito, o de ontem contém apenas alguns exemplos de erros linguísticos que cometemos, pelo que resolvi acrescentar os outros, constante no mesmo livrinho "o pequeno livro da Etiqueta e Bom Senso".
Então, vamos aprender com a sua autora, oferecendo o resto dos exemplos que ela nos transmite e que transcrevo na íntegra:
imagem encontrada em esconderijo dos livros |
No seu pequeno livro da Etiqueta e Bom Senso **, Maria João Saraiva de Menezes aponta para conselhos gerais muito úteis, neste domínio. Ela considera este livrinho "um "guia de primeiros socorros"!
Pede que não nos refugiemos nas desculpas de não termos tido escolaridade suficiente. Sim, é verdade, porque há pessoas com pouca escolaridade e que se tornam autodidatas - pessoa que se instrui por esforço próprio, sem mestre - segundo o Dicionário de Língua Portuguesa, da Porto Editora, fevereiro 2012.
Pensa que "Pior do que a ignorância é o desinteresse pela aprendizagem".
Aconselha, portanto, que corrijamos os erros linguísticos, pois estes transmitem uma má imagem de nós, os falantes: para ultrapassar essas falhas indica o nosso "amigo" dicionário e a consulta da gramática.
Alguns exemplos de erros linguísticos: evitar-se o erro de se dizer e cito: "há-des", "vistes", "ou puze-os"! (Deverá ser "hás-de", "viste", "pu-los").
Também devemos evitar de usar as chamadas "bengalas linguísticas", como por exemplo: "pá", "prontos", "não é?" e "hã".
Mas não há como ler o livrinho todo.
Aqui fica essa sugestão de leitura, muito útil!
** REFERÊNCIA: 10ª edição - março de 2014, Livros d'Hoje, Publicações Dom Quixote (editora do grupo Leya)
Luís Montenegro, 1º Ministro Português in rtp.pt |
(Raoul Follereau) |
imagem em: https://fr.aleteia.org |
imagem em pt.wikipedia.org |
imagem in: observador.pt |
Este poema de Camões debruça-se sobre o tema da MUDANÇA:
"O tempo - a mudança - o desconcerto"
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades"
Que me quereis perpétuas saudades?
Com que esperança ainda me enganais?
Que o tempo que se vai não torna mais
e, se tornam, não tornam as idades.
Razão, é já, ó anos, que vos vades,
porque estes tão ligeiros que passais,
nem todos para um gosto são iguais,
nem sempre são conformes as vontades.
Aquilo a que já quis é tão mudado
que quase é outr cousa; porque os dias
têm o primeiro gosto já danado.
Esperanças de novas alegrias
mas não deixa a Fortuna e o Tempo errado,
que do contentamento são espias.
(* espias: amarras)
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem - se algum houve - as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mór espanto:
que não se muda já como soía.
(* soía: era costume)
imagem in: aefreixo.pt |
imagem obtida em cite.gov.pt |
imagem encontrada em facebook.com |
Sendo sócia da Acção de Solidariedade Social dos Professores (ASSP), e de que muito me orgulho como professora aposentada (e para onde muito provavelmente irei um dia, se se proporcionar ou lá me quiserem receber), deparei com um artigo de homenagem a esta docente, no Boletim Informativo 234 do 3º trimestre de 2024, página 11.
O seu apoio na implementação da "nossa" Associação (com a devida vénia à autora do artigo - texto de AMM - Ana Maria Morais, atual Presidente do Direção Nacional da ASSP), mostra-nos que Alice Maia Magalhães desempenhou um papel preponderante nesta instituição, uma vez que foi a primeira Presidente da Direção Nacional da ASSP. Foi professora de Ciências Físico-Químicas e neste ano em que se celebram 50 anos do 25 de abril, a ASSP homenageia-a merecidamente.
Trabalhou nos liceus D. João de Castro, Pedro Nunes, Maria Amália Vaz de Carvalho, entre outros...
Opôs-se sempre à ditadura do estado-Novo. Enfrentou o salazarismo e acabou por ser perseguida entre 1949 e 1972, o que levou à sua expulsão como professora, por motivos políticos. Seria reeintegrada em 1972, lecionando até 1984, altura em que se aposentou, mas continuou a intervir como cidadã apaixonada pela sua profissão.
Era solteira e adotou várias crianças, acabando por participar na constituição da ASSP.
A Dra Alice Bravo Torres Maia Magalhães legou à ASSP a CASA DA TORRE (ao serviço das diversas delegações da ASSP), em Sobrosa, uma vila considerada histórica, do Concelho de Paredes. Ali se realizam encontros entre professores, seminários, entre outras atividades (assp.pt)
Casa da Torre, em Sobrosa imagem encontrada em booking.com |
REFERÊNCIA:
Partilhei aqui passagens do post do blog da autoria de João Esteves, silenciosememorias.blogspot.com de 06.09.2014, onde me baseei para certas passagens que resumi sobre a vida desta tão nobre senhora (para além do Boletim Informativo da ASSP que referi no 1º parágrafo).
imagem encontrada em servicopublico.pt |
Este dia ocorre anualmente na segunda 2ª feira do mês de novembro!
No mundo, existem 153 milhões de órfãos, devido à pobreza, fome, guerras e a uma inércia por parte de alguns países capitalistas que poderiam salvar essas crianças.
Ouvi ontem de manhã, num programa de rádio - concretamente na Antena 1 - que de dois em dois segundos há uma criança no mundo que fica órfã, perdendo a família, o que a impede de poder levar uma vida normal.
Segundo algumas notícias na NET que me chamaram a atenção sobre este tema tão delicado, foi a organização The Stars Foundation que criou esta data e tem recebido alguns poios de governos e instituições.